O reservatório da Usina de Furnas, no Rio Grande (foto), em Fronteira, divisa entre os Estados de Minas Gerais e São Paulo, que pertence ao complexo de Furnas, pode causar tremores de terra na região. Pelo menos isso é o que se pode depreender de várias informações obtidas pela editoria desta Folha, através da Rede Mundial de Informações (Internet).

O sistema de geração de energia elétrica, localizado a aproximadamente 60 quilômetros de Olímpia, local que já pertenceu ao município, inclusive, tem um reservatório de água que atinge a 94 metros de altura, segundo informa o site www.furnas.com.br.

Ocorre que, segundo uma reportagem da rádio CBN, levada ao ar na madrugada da quinta-feira, dia 17, informava que o tamanho dos reservatórios, citando o caso do sistema Furnas, são passiveis de tremores devido ao peso da águia acumulada, principalmente quando atingem a 100 metros de profundidade. Segundo o site www.maternatura.org.br, as barragens podem provocar ou intensificar tremores de terras e movimentação do solo nas vizinhanças dos reservatórios. Os tremores podem ocorrer com o lago já cheio e estabilizado.

De acordo com o site www.riosvivos.org.br, o diretor do Observatório Sismológico da Universidade de  Brasília, Lucas Vieira Barros, informa que estão fazendo o monitoramento de 18 hidrelétricas, as quais têm casos de  sismos induzidos pela ação do lago sobre o ambiente geológico.

Já o doutor em geofísica e sismólogo do Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (Obsis-UnB), George Sand França, afirma que a preocupação dos moradores da cidade não é infundada. “Todo e qualquer reservatório de água pode causar sismos, pois gera uma carga mecânica de peso”, disse.

“Assim – explica França – a variação do nível pode ser fonte de tremor. A lenta penetração da água nas fissuras do solo também é causa de sismos. É por isso que todo reservatório de hidrelétrica tem, ou deveria ter, o acompanhamento sismológico.”