A.Baiochi Netto

Em 2024 serão eleitos os novos Prefeitos Municipais, eventos que, por certo, já vêm sendo objeto de previsões e especulações em não poucos municípios.

Em Olímpia predomina, por enquanto, um ambiente sem nenhuma empolgação. No entanto, este cenário da política olimpiense, ainda em plena calmaria, tem merecido, de vez em quando, a atenção da colunista Maria Elena Crove, do Diário da Região de Rio Preto, tendo como protagonistas o ex-deputado Geninho e o Prefeito Fernando Cunha.

No início deste ano, por exemplo, comentou que Geninho havia fechado o seu “vistoso escritório” em Rio Preto e, mais recentemente, noticiou que Geninho havia voltado a residir em Olímpia, mas que ainda não havia transferido seu título eleitoral para nossa cidade.

De Geninho, a propósito, chegou-se a comentar, quando transferiu sua residência e seu título para Rio Preto, que teria ele a pretensão de ocupar espaços vazios na política daquela cidade e que teria até mesmo a pretensão de candidatar-se a Prefeito do Município.

Acontece que atualmente a situação política em Rio Preto evoluiu e os “espaços vazios na política” teriam deixado de existir, podendo-se citar, como exemplos, a forte liderança de Itamar Borges, eleito deputado estadual, e a disposição do ex-Prefeito Orlando Bolçone de candidatar-se à Prefeito nas próximas eleições.

Especula-se: estando sem grandes possibilidades em Rio Preto e não mais exercendo o mandato de deputado federal, restaria a Geninho voltar para Olímpia e candidatar-se à Prefeito.

Mostrando-se mais uma vez bem informada, a jornalista de Rio Preto noticiou, também recentemente, que o Prefeito Fernando Cunha teria recebido da cúpula do PDS, e do Senador Cassab, partido ao qual pertence, a missão de atrair o maior número possível de Prefeitos da região para essa legenda.

Geninho, por sua vez, pertence ao partido União Brasil. Estaria nessa diferença partidária uma das razões para Fernando Cunha ter dito que não vai apoiar uma possível candidatura de Geninho a Prefeito de Olímpia. Pertencendo ao PDS e tendo a missão de conquistar Prefeitos para a legenda, Fernando Cunha não teria como apoiar uma candidatura de outra legenda. Quem seria, porém, o seu candidato (?) uma vez que não pode mais disputar a reeleição e, por outro lado, ninguém de seu lado vem se projetando como futuro pretendente a candidato. E Geninho (?) vai partir para organizar a oposição ao Prefeito, até hoje inexistente? A calmaria política local estaria chegando ao fim?

Alfredo Baiochi Netto é advogado especialista em Direito Administrativo e Direito Tributário pela PUC – São Paulo. Consultor em Direito Público e em especial nas áreas do Direito Orçamentário e Lei de Responsabilidade Fiscal, autor de trabalhos técnicos para o CEPAM e APM/SAREM.