22 de outubro | 2007

Represa de captação já tem situação alarmante

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 De acordo com o superintendente geral do DAEMO, Luiz Martin Junqueira (foto), a estação de captação de água da represa do córrego Olhos D’água, instalada no jardim São José, apresenta situação alarmante em razão da intensa estiagem que já conta com pelo menos 60 dias sem um volume de chuva considerável.

"Existe escassez de água de abastecimento. O lençol freático mais baixo. A própria captação superficial, o rio (córrego Olhos D’água), já apresenta situações alarmantes", ao ser questionado na Rádio Difusora na quarta-feira (17) desta semana, sobre a situação do abastecimento de água na cidade.

Há aproximadamente 20 dias atrás, numa avaliação do sistema também por causa da falta de chuvas, Junqueira já confirmava que panes secas vinham sendo registradas em grande parte dos bairros da cidade, principalmente os servidos pelos vários poços profundos. Agora, a situação já leva a preocupar a captação superficial.

No entanto, já comemorava as previsões de chuvas para a região, principalmente no município de Olímpia, aguardando até mesmo que as precipitações ocorressem antes mesmo do final de semana, o que, pelo menos até o final da tarde desta sexta-feira, ainda não haviam se confirmado.

2001

Desde 2001, quando começou a ter contato direto com o abastecimento de água no município de Olímpia, Junqueira considera que este período de inverno e início de primavera deste ano tem sido o mais preocupante. "Um ano atípico em termos de calor e falta de água", acrescentou.

Junqueira diz ter certeza de ter sido o pior de todos os anos em que esteve à frente da administração do DAEMO. No entanto, ressalta que notícias que recebe é que não houve anos piores em relação ao longo período de estiagem, comparando-se também à passagem do século XX.

E se considerada a umidade relativa do ar e os longos períodos sem chuvas, os números encontrados pela reportagem desta Folha mostra realmente que estes cinco meses de 2007, junho, julho, agosto, setembro e outubro, sem dúvida estão sendo os mais secos, pelo menos dos últimos 21 anos.

Embora em 2003 tenha sido registrado um volume bem menor de chuva nesse mesmo período de cinco meses – segundo a Casa de Agricultura – 96,5 milímetros contra 148 até nesta semana – a distribuição das chuvas foi melhor.

Em 2003, por exemplo, não chegou a passar um mês inteiro sem chover. Em 1991, outro o segundo menor volume registrado nesse período, apenas no mês de agosto não choveu.

Por outro lado, desde o dia 20 de julho, último registro considerável em um mês que teve volume de 136 milímetros, apenas pequenas chuvas foram registradas, como, por exemplo, os 10,5 milímetros no mês de setembro.

Neste mês de outubro, até ontem, embora no final da tarde de sábado tenha chovido por alguns minutos, nenhum volume de chuva havia sido registrado nem pela Casa de Agricultura e nem pela Coopercitrus.

 

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