03 de fevereiro | 2013

Remodelação da antiga prainha pode esbarrar em enchentes no cachoeirinha

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A revitalização da antiga Prainha do rio Cachoeirinha, localizada na região noroeste do município de Olímpia, proposta que, segundo consta está sendo analisada pelo prefeito Eugênio José Zuliani, poderá esbarrar nas grandes enchentes que ocorrem no local na incidência de fortes chuvas na cabeceira do rio, localizada na região de Monte Azul Paulista.

Segundo as informações divul­gadas recentemente pela imprensa local, a remodelação proposta estaria orçada em aproximadamente R$ 500 mil, recursos que aparentemente viriam do Governo Federal.

Um morador antigo de Olím­pia que não quis se identificar conta de que essa intenção de revitalizar o local já existiu no passado, mas acabou sendo deixada de lado justamente por causa dos problemas com as enchentes.

Segundo consta, de 20 a 30 anos atrás, principalmente, quase sempre no mês de março, aconteceram várias grandes enchentes que inclusive já chegou a se aproximar da pista da Rodovia Armando de Salles Oliveira, SP-322, a “Rodovia da Laranja”, que está há aproximadamente 200 metros de distância do local.

Uma dessas pessoas conta que há aproximadamente 20 anos, tinha presenciado o início de uma dessas enchentes e viu muitas pessoas que estavam no local retirando seus veículos e levando para a margem da rodovia para não tê-los prejudicados pela cheia do rio.

Na ocasião essa pessoa chegou a ouvir a explicação do motivo de um dos dois bares lá existentes atualmente, ter sido construído com uma determinada altura em seu alicerce e o acesso teria que ser feito através de uma escadaria de proporções até medianas.

Foi numa dessas cheias, durante a administração do ex-prefeito José Carlos Moreira, que as águas acabaram levando as cabeceiras da ponte do rio Cachoeirinha da Rodovia Assis Chateaubriand, SP-425.

Nessa ocasião o trânsito no local permaneceu interditado por um longo período obrigando aos motoristas que faziam o trajeto entre São do Rio Preto e Barretos a passarem por dentro de Olímpia.

MORADORES

Os moradores de propriedades da região da Prainha que comu­mente utilizam aquela estrada municipal para ter acesso à cidade, ouvidos esta semana disseram que quando há a cheia do rio, atualmente, a água chega a sair a uma distância de aproximadamente 10 metros da calha do rio.

Isso é o que informa, por exemplo, o carreteiro Júlio Cesar Trindade (foto), de 31 anos de idade, que há oito anos mora nas proximidades do rio, a cerca de 200 metros de distância do leito do cachoeirinha.

De acordo com ele, nesse período não viu nenhuma enchente excessiva. “Nunca encheu excessivamente. É cheia normal. Ele (rio) enche, mas nunca atravessou ponte nem nada. São cheias normais. Ele sobe cerca de 10 metros além do leito normal. Mais que isso nunca subiu não”, relatou.

Um comerciante que não quis se identificar e nem gravar entrevista comentou que há pelo menos 4 ou 5 anos o rio não tem uma cheia considerável, mas que no passado o rio chegava a quase encobrir a ponte de madeira, mas que há muitos anos mesmo não vê isso acontecer.

PROPOSTA

Consta que o prefeito pretende levar à frente um projeto arqui­tetônico para a reativação da antiga Prainha no Rio Ca­choeirinha, que passará a se chamar “Parque Ecológico da Prainha”, distribuído em uma área de 16 mil metros quadrados.

Como se recorda, o local hoje bastante degradado, já foi utilizado pelos olimpienses como área de lazer nos anos 70 e 80, criado por iniciativa do funcionário municipal Arlindo da Cunha Mattos.

O local onde hoje funcionam dois bares noturnos, antes era dotado de quiosques, aparelhos para exercícios, campo de futebol e era usado inclusive para natação no rio. Mas no transcorrer do tempo o local acabou aban­donado pelos frequentadores, devido principalmente ao fato do rio começar a receber esgotos e das próprias enchentes.

A intenção, segundo consta, é que no primeiro semestre deste ano a Prefeitura já coloque uma draga no local para fazer a limpeza do canal do rio para depois começar a obra.

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