21 de abril | 2008

Região da Cecap recebe mais uma torre de telefonia celular

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Em breve os moradores do Jardim Cecap, que há muito reclamam da quantidade de torres lá existentes, incluindo-se as localizadas na praça usadas como repetição de sinais dos canais de televisão, passarão a ter o que se pode chamar mais um vizinho incômodo. Desta feita, em aproximadamente 30 dias, pelo menos é a previsão, deverá ficar pronta a torre de telefonia da Nextel.

O mais novo incômodo está sendo erguido num pedaço de um lote grande, até então utilizado em sua totalidade para pastagem de animais, ao lado de uma igreja evangélica, na esquina da rua João Forte com a rua 3.

A reportagem desta folha esteve no local na tarde desta sexta-feira, dia 18, mas não conseguiu manter contato com o engenheiro responsável pela obra. No entanto, um dos operários, embora sem detalhes técnicos, explicou que trabalham na montagem da torre.

Embora também tivesse sido procurado, o secretário municipal de Obras e Viação, Gilberto Tonelli Cunha, não foi encontrado. A única informação é de que estaria participando de uma reunião.

Porém, no final de novembro, reconhecendo a necessidade de regulamentar a instalação de torres no município, o secretário garantiu que adotaria cuidados específicos para aprovar esse tipo de obra.

Na ocasião ele explicava que o assunto seria tratado na elaboração do Plano de Código de Posturas, projeto que seria enviado à câmara, mas que até agora ainda não teve solução de encaminhamento pelo menos.

Mesmo assim não descartava a possibilidade de conversar com especialistas para saber qual procedimento pode ser adotado com relação às radiações, principalmente no caso das que mantêm os serviços de celulares.

Por outro lado, garantiu que todo projeto novo que entra na prefeitura com pedido de análise prévia, o secretário está exigindo duas condições. Uma é um engenheiro responsável pela estrutura e a outra é um engenheiro responsável pelas irradiações, neste caso, que esteja de acordo com a portaria número 303 da Anatel.

Na oportunidade esta Folha discutia a recomendação do professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação da Unicamp, Vitor Baranauskas, de que a radiação das torres de celular pode interferir na vida útil de aparelhos marcapassos e prejudicar diretamente a saúde de pessoas que têm problemas cardíacos.

A distância das torres, segundo o professor, faz com que algumas pessoas passem 365 dias do ano próximas dos equipamentos recebendo correntes elétricas que podem danificar tecidos, órgãos do corpo humano e essa exposição prolongada à radiação pode danificar neurônios e provocar várias patologias.

O professor indica que a distância mínima de 300 metros serve como precaução, principalmente quando se trata da instalação de torres perto de escolas e creches que abrigam crianças, serem humanos ainda em formação e com organismos muito delicados, o que também não ocorre com o novo vizinho do Jardim Cecap e adjacências.

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