Além de acertar as contas que encontrar na administração e fazer economias cortando os desperdícios, para os primeiros 100 dias o prefeito eleito Fer­nan­do Augusto Cunha reforça que são fatores que favorecerão para a solução da sangria (sic) provocada no bolso do contribuinte pelo exagerado valor cobrado a título de IPTU (Im­posto Predial e Terri­to­rial Urbano), a partir dos valores venais dos imóveis existentes na cidade.

Mas Cunha aponta ainda outro fator de preocupação este que tem a ver com os valores cobrados pela Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Daemo Ambi­en­tal. “Quero auditar as contas do Daemo para ver o que está acontecendo com as contas de água que tam­bém estão esfolando a nossa população”, avisa.

Além disso, Cunha afirma que nos primeiros 100 dias “temos que arrumar a casa na questão da saúde. Saúde e creches são duas coisas que em 100 dias eu quero já mostrar que valeu a pena uma nova administração e nos em 100 dias vamos conseguir iniciar a solução destes problemas”.

Ao ser questionado co­mo fazer tudo isso com um orçamento que sofreu uma queda de aproximadamente R$ 40 milhões, se com R$ 200 milhões o atual prefeito não estava conseguindo levar as coisas a contento para a população.

“Primeiro eu acho que é uma das características que eu tenho em relação aos outros candidatos, que eu vou administrar de uma forma de cortar desperdícios. Tem que economizar e acho que se você cortar um monte de coisas vai economizar de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões”, aponta.

De acordo com Cunha, esses valores garantiriam a “metade do esforço que tem que ser feito de forma a ter uma boa administração, menos perdulária”. “A outra parte eu acho que temos que buscar em Brasí­lia ou em São Paulo. Nós vamos ter que lutar muito, investimento nós vamos ter que buscar fora porque senão vai ficar Olímpia parada mais uma vez”, acrescentou.

Ao final ele afirmou: “Eu queria reconhecer que temos em Olímpia uma imprensa profissional e séria como a Folha da Região e temos uma imprensa mercenária e mercantilista que muitas vezes prestam desser­vi­ços para a cidade. Então, eu queria de público a­gra­decer o trabalho de vocês e dizer da nossa res­ponsabilidade em cor­res­ponder a esta expectativa da população nos dedicando, eu e o Fábio, a fazer um trabalho que venha trazer uma melho­ria na qualidade de vida da população e sempre da melhor forma possível e o mais honesto possível”.

Tratamento de água e esgoto também serão prioridades

Se há duas situações que também são gravíssimas em uma estância turística e necessitam serem tratadas como pri­oritárias, são o abastecimento de água que é falho e o caso da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), outra obra que está paralisada. Questionado a respeito dessas questões, o prefeito eleito Fer­nan­­do Augusto Cunha afirmou que são obras priori­tá­rias para uma estância turística e que pretende começar a cuidar antes mesmo de tomar posse do cargo.

“Pretendo já antes de assumir, ou seja, já no período de transição, obter informações da prefeitura para entender o que é que está acontecendo. Quero ir a São Paulo no caso da estação de tratamento de esgoto e tentar encaminhar ra­pidamente esta questão. É um absurdo para uma estância turística não ter um tratamento de esgoto”, avalia Cunha.

Segundo Cunha, o diálogo que tem com o governador Geraldo Alckmin e com a secretaria de Saneamento vai ajudar a equacionar esse problema.

Já no caso da futura estação de tratamento de água do rio Cachoerinha, que está parada desde o surgimento da fami­ge­rada Máfia do Asfalto, Cunha explica que será necessário ir a Brasília em busca de u­ma solução de continuidade.

“A estação de tratamento de água já é mais complexa e eu vou precisar entender o que está acontecendo e, é em Bra­sília, mas eu quero usar das re­lações que eu tenho nos dois planos e destravar. Eu acho que esgoto a gente resolve isso no primeiro ano. Agora, a ETA eu já me preocupo um pouco mais. Eu acho até que tem processos e aí já é mais enrolado, mas eu vou para Brasília resolver isso”, informou.

OUTRAS OBRAS PARADAS

Já em relação a outras obras que estão paralisadas, Fer­nan­do Cunha explica que ainda ne­cessita conhecer as reais condições, o que também deverá ocorrer dentro do período de transição.

“É, eu acho que essa é uma marca que tem acontecido nes­tes últimos anos em Olím­pia. As obras começam e não terminam e aí a coisa não sai do lugar. Eu ainda não tomei pé da situação de todas elas, mas tem algumas que são importantíssimas que a gente tem que resolver rápido”, diz.

Cunha afirma que “um é o caso da Aurora Forte Neves, não tem cabimento o cartão postal da cidade o turista passando ali e essa coisa se arrastando. Mas tem outras coisas como a própria reforma da UBS lá de Baguaçu. É uma brincadeira aquilo. E era para ficar um mês e já faz um ano que está lá. Eu ainda não tenho conhecimento específico do que está acontecendo, mas eu quero entrar já solucionando”.

Entretanto há outras situações que preocupam, uma delas que já está sendo tratada pelo Ministério Público de Olímpia, que envolve a empresa CPFL Paulista, fornecedora de energia elétrica que tem deixado muito a desejar, que ele pretende ao menos fazer uma ingerência política para tentar resolver esse problema.

“Trabalhei no governo e sei como funciona, quem não chora não mama. A gente tem que cobrar, fazer pressão para melhorar isso, a CPFL é sabi­da, é sempre assim. Ela vai largando para trás para não investir, mas eu vou atrás. Só que agora eu acho que deva piorar a situação, porque os chineses compraram. O ex-presidente que acabou de sair trabalhou comigo e agora é presidente da Eletrobrás. Quando era diretor da CESP nomeei ele gerente de engenharia, trabalhou comigo, mas nós temos que ir para cima e exigir e ainda temos o Ministério Público a nosso favor. Na área de telecomunicação é brincadeira o que se faz no Brasil e aqui em Olímpia eu vou ser um chato ao lado do Ministério Público para exigir qualidade de serviço”.