20 de agosto | 2017

Reclamação de som alto gera BOs de desacato e abuso de autoridade

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Uma ocorrência que seria de simples perturbação do sossego, com reclamação de que vizinho estaria u­san­do som alto, acabou se transformando em outras duas: uma de desacato e localização e apreensão de o­bjetos e outra de abuso de autoridade, com acusação de que policial militar teria desferido um murro no nariz de um rapaz, o que teria provocado a sua ida para a Santa Casa de Barretos.

O fato se deu na noite do sábado, dia 12 de agosto, na avenida Bartolomeu I­tavo, Jardim Miessa, quando os policiais Rocha, Vilela e Ivan declararam na delegacia que foram até o endereço citado  para atender ocorrência de perturbação de sossego e confirmaram que o som altíssimo vinha da residência de Guilherme Henrique da Silva Marques, de 21 anos.

Narraram que ao chegar na casa, Guilherme teria sa­í­do com um porrete de madeira na mão de forma ameaçadora e que foi necessário reforço policial no local, quando foram até o local os policiais tenente Vilela e soldado Ivan.

Segundo os policiais, Gui­lherme teria resistido à abordagem e teria sido necessário fazer uso de força policial e algemas. Disseram também que ao fazer a revista localizaram um celular que, através de pesquisa teria sido motivo de furto em 2015.

Fizeram então busca no imó­vel e localizaram e a­preenderam mais seis celulares sem procedência ou nota fiscal.

O Boletim de Ocorrências de perturbação de sossego foi registrado em separado tendo como autora a mãe de Guilherme, Nilda Oliveira e Silva.

A VERSÃO DE GUILHERME

O terceiro boletim de O­corrência sobre os mesmo fatos, mas como Abuso de Autoridade, foi registrado no dia 15, terça-feira, agora tendo como vítima o pró­prio Guilherme e como autores E­ver­ton Vilela da Silva, 30 a­nos, PM; Val­de­mar Aparecido Rocha, 44 anos, PM; e Ivan Rafael Bento, 34 a­nos, também PM.

No histórico da ocorrência está que a advogada Mônica Maria de Lima Nogueira, representando Guilherme Henrique de Oliveira Marques e sua ge­ni­tora Nilda de Oliveira Silva Marques, sobre os fatos re­gistrados pelos policiais, informou que estes abordaram Guilherme e seus familiares na frente da casa e, na sequência, entraram na casa passando a fazer revistas no imóvel, apreendendo celulares de todos os presentes.

Disse ainda que Guilherme foi informado pelos PMs que um dos celulares era furtado  e por isso iriam conduzir Guilherme e sua mãe Nilda até a delegacia e que estes permaneceram por cerca de meia hora den­tro das viaturas e somente com a chegada da advogada que eles teriam sido retirados dos veículos oficiais e que Guilherme permaneceu algemado até por volta de 03h30 do dia dos fatos.

A advogada continuou relatando que, após Guilherme ter sido liberado na delegacia local, passou por atendimento médico na U­PA – Unidade de Pronto A­tendimento e no dia segui­nte foi submetido a exame de raios X na região do nariz e cabeça, pois estava sen­tindo dores de cabeça e tonturas, resultando disso a sua internação na Santa Casa de Barretos.

Segundo os familiares de Guilherme o tenente Vilela teria agredido o rapaz com um soco no nariz e outro na região parietal.

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