02 de janeiro | 2012

Raio deixa bairro sem energia quase 4 horas na noite de Natal

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Um raio que caiu no início da noite do sábado da semana passada, dia 24, véspera de Natal, deixou pelo menos parte de dois bairros da zona leste de Olímpia sem energia elétrica por aproximadamente quatro horas. Em determinado ponto do Jardim Campo Belo os moradores ficaram no escuro no período entre 19h15 e 22h45.


Esse fato entra no contexto de um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que indica, em números absolutos, o município de Olímpia como o vice-campeão em descargas elétricas durante temporais, os chamados raios. Segundo dados coletados no verão passado, foram 1.351 faíscas que tocaram o solo, ou seja, a média de 5,7.


De acordo com o Elat (Eletricidade Atmosférica), departamento vinculado ao órgão responsável pela avaliação dos fenômenos, a média 5 é considerada alta quando se fala em raios. Para chegar ao índice, é dividida a quantidade de descargas elétricas pela área do município.


Das 10 maiores cidades da região noroeste, o município de Olímpia perde apenas para Barretos que teve 2.624 registros, média de 5,9. Em seguida aparecem: José Bonifácio, (1.334), Novo Horizonte (1.275), São José do Rio Preto (792), Fernandópolis (595), Catanduva (455), Mirassol (390), Votuporanga (390) e Jales (381).


Somente no último verão, entre dezembro de 2010 e março de 2011, esses municípios contabilizaram juntos 9.569 raios – foram considerados só os que tocaram o solo. Raios são descargas elétricas de grande intensidade que conectam as nuvens de tempestade na atmosfera e o chão.


Na região, a maior incidência de descargas elétricas ocorre entre janeiro e fevereiro e a chegada do verão, além de chuvas fortes, trouxe também as chamadas descargas elétricas que podem causar prejuízos financeiros e até mortes.


O coordenador do Elat, Osmar Pinto Júnior, afirmou ao jornal Diário da Região, de Rio Preto, que um dos principais fatores para a maior incidência de raios é o aumento da temperatura devido à urbanização e o desenvolvimento (o que, somado ao aquecimento global, aumenta a possibilidade de tempestades mais severas).


Segundo o Elat, a maioria das mortes ocorre em atividades relacionadas a trabalhos agrícolas. A cada 50 óbitos por raios no mundo, um é no Brasil, o país campeão de incidência do fenômeno. Por ano, são 130 mortes, sobretudo por parada cardíaca e respiratória, e 200 feridos, principalmente com queimaduras. A energia de um raio é de 30 mil ampères, cerca de mil vezes a intensidade de um chuveiro elétrico.


PREVISÃO DE
CALOR E CHUVA

O verão deve passar dentro da média climatológica. É o que afirma o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). Assim, a população deve esperar altas temperaturas durante o dia e se preparar para temporais nos fins da tarde. A estação termina às 2h14 do dia 20 de março. O meteorologista Felipe Farias afirma que, na região de Rio Preto, a temperatura deve oscilar entre 32 e 35 graus.


As chuvas serão acompanhadas por rajadas de vento, granizo e raios e podem ocorrer por vários dias seguidos. Depende da influência da zona de convergência do Atlântico/Sul.

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