O bacalhau, a coqueluche entre os pratos preferidos, principalmente para a Semana Santa, teve os preços do quilo reduzidos em até 22% neste ano, quando comparado com os valores praticados neste mesmo período do ano de 2007. O tipo que apresentou maior queda é o Porto, o mais caro entre todos os que são comercializados na cidade.

No caso do bacalhau do Porto o preço do quilo praticado em 2007 era de R$ 44,99 no ponto de venda mais caro. Neste ano reduziu para R$ 34,99. Já o bacalhau mais barato, o Saithe, que no ano passado era comercializado a R$ 15,80 no ponto de venda onde era mais barato, neste ano teve o preço diminuído em 5,7% e está sendo comercializado a R$ 14,90 o quilo.

O outro tipo também encontrado em vários pontos de venda é o Ling, cujo preço mostra uma queda de aproximadamente 8,5% no valor cobrado por quilo. Em 2007 o consumidor pagava R$ 36,99 e neste ano está pagando R$ 33,90.

Por outro lado, de acordo com José Teodoro da Silva Junior, gerente da loja do Compre Bem, o período começou com procura por pescados, de maneira geral, prevendo aumento com a chegada da quaresma, levando-o a crer num acréscimo de até 50%. "Por causa do preço que está menor a venda cresceu", justificou.

Vendendo peixes praticamente o ano todo, o Supermercado Mirim trabalha com a expectativa de um aumento de até 85% neste período da quaresma. De acordo com a auxiliar de escritório da empresa, Marilei Barsalho, o consumidor tem aumentado a predileção pelos pescados de maneira geral.

Segundo o gerente da loja II do Iquegami Supermercados, Jéferson José da Silva, a quaresma é um período em que a procura por pescados aumenta bastante, podendo aumentar as vendas em até 60%. "Agora é a época do peixe e do bacalhau, pelo menos pelos católicos", argumentou.

A proprietária da Peixaria Água Viva, Débora Pompêo de Almeida, também assinala para o aumento natural do consumo de peixes mesmo fora do período da quaresma. "As vendas têm melhorado até acima das expectativas", comentou.

Segundo ela o consumo de peixes tem aumentado em razão de ser considerado um alimento mais saudável que outras carnes. Além da consciência em relação à qualidade do produto, ela salientou que tem conhecimento de muitas pessoas que consomem peixes até por recomendação médica.

Mas com a chegada da quaresma há previsão de um crescimento de até 25% nas vendas. De acordo com ela, já na quarta-feira de Cinzas, que muita gente não consome carnes, houve um crescimento considerável. "Na Semana Santa arrebenta porque tem gente que não come carne a semana inteira", finalizou.