05 de outubro | 2008

Público da Parada Gay ficou abaixo do esperado

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A 3.ª Parada Gay, nome popular dado ao movimento GLSBT (Gays, Lésbicas, Simpatizantes, Bissexuais e Transexuais), da cidade de Olímpia, realizada no sábado da semana passada, dia 25 de setembro, recebeu um público abaixo do esperado pelos organizadores. "Não foi tão legal quanto a gente esperava", avaliou Mirelly Lais de Castro, que é transformista.

O evento teve concentração na avenida Dr. Andrade e Silva e o desfile seguiu pela avenida Menina Moça, até o Recinto de Exposições e Atividades Folclóricas Professor José Sant’anna. Para os organizadores ainda não há um perfeito entendimento do que significa o movimento e a própria Parada Gay.

"O povo acha que a parada gay é um desfile e não é um desfile. Estamos lutando por um direito GLS, por direito da gente. A gente está lutando para conseguir o melhor da gente, por GLS", acrescentou o transformista.

O enfermeiro Daniel Balbo, no entanto, embora veja como positivo o resultado do evento, acha que ainda está começando a caminhar e tem que melhorar muito mais: "eles têm que ver que isso é um evento que proporciona para Olímpia um bem estar muito grande para as famílias também".

O go-go boy e striper, Mario Play Boy, mesmo esperando um pouco mais do evento, deu nota 7: "Acho que faltou mais apoio do governo para liberar mais verbas, mas achei legal. Pela divulgação esperava mais pessoas".

O também go-go boy e striper, Pierry, veio a Olímpia pela primeira vez. Para ele a falta de um público maior é em razão da localização do evento: "Se fosse uma localidade tipo centro atrairia mais público. Em relação a segurança e a educação do público, nota 10".

O estudante André Luiz de Oliveira Júnior disse: "Está faltando muita ajuda da prefeitura, porque ninguém ajuda em nada, é onde falta muita organização". A secretária Alessandra Bueno comentou: "Achei uma coisa muito boa, só que a população precisa comparecer. Acho que ainda tem muito preconceito".

Para Djalma Tadeu Ribeiro, organizador do evento, falta a população acreditar um pouco mais no evento: "Esse evento é para gente de 0 a 100 anos, não importa a idade, não importa o sexo e não importa a cor, o que importa é o público presente. Esperava em torno de 7 mil pessoas no mínimo".

Acreditando num público de duas mil pessoas, Ribeiro disse: "Não gostaria de falar nisso, mas acho que as pessoas misturaram o lado político com um evento".

 

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