01 de dezembro | 2019

Promotora diz que a eleição do Tutelar não será anulada

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Promotora garante que se forem apuradas irregularidades entrará com representação na justiça pela cassação de candidatos.

A promotora da Infância e Juventude, Maria Cristina Geraldes Fochi Reis, declarou na sexta-feira, 29, que não existe a possibilidade de anulação da eleição do Conselho Tutelar realizada em 06 de outubro último, mesmo com as diversas denúncias de irregularidades na eleição mais bizarra da história dos Conselhos e que pode ser considerado um verdadeiro acinte e imposição da ilegalidade goela abaixo da população.

Ao ser perguntada se é possível a anulação toda da eleição, a promotora disse que só seria cabível a anulação da eleição se fossem verificadas irregularidades na questão do pleito em si. O que o Ministério Público está investigando no momento, segundo ela, são algumas questões e dentre elas estão a possível compra de votos e transporte de eleitores para a votação.

No entanto, alertou que mesmo que eleitos, e mesmo que tomem posse no dia 10 de janeiro, se confirmadas as irregularidades, os candidatos poderão ter o mandato cassado.

A promotora explicou que está trabalhando num inquérito que investiga possíveis irregularidades nas eleições do Conselho Tutelar de Olímpia. Destacou ainda que tem em mãos vários vídeos, áudios e fotos levados por ex-candidatos aos cargos e que ouviu na semana passada cinco testemunhas; ontem, sexta-feira, 29, tinha marcada a oitiva de mais cinco; na próxima segunda, dia 2/12, mais cinco; e na quinta-feira dia 5/12, deve ouvir mais 3 testemunhas.

Segundo Maria Cristina, possivelmente até dia 6 de dezembro, se houver indícios de fraude por parte de algum candidato, ela representará contra ele (ou eles) na justiça.

A ELEIÇÃO

Como se recorda, numa eleição conturbada, cheia de acusações de irregularidades estampadas no Fa­cebook, o Conselho Tutelar de Olímpia que deverá representar as crianças e a­dolescentes de 2020 até 2023, teve como resultado a seguinte classificação:

Primeiro lugar, Cíntia Ba­lieiro, com 563 votos; em segundo, Lucimara Batista, 457 votos; 3º, Marilene Bau, 376 votos; 4º, Rosân­gela Salomão, 375 votos; em 5º, Daniel Garcia, 363 votos.

Ficaram na suplência, em 6º, Ana Rita de Souza – 299 votos; em 7º, Patrícia Cezário – 292 votos; em 8º, Márcia Montanhini – 281 votos; em 9º, Gabri­elle Pimenta – 175 votos; em 10º Vanessa Monta­nha­ni – 160 votos.

A votação aconteceu entre 08 e 17 horas do dia 06 de outubro na E.E. Dona Anita Costa e nos distritos de Ribeiro de Santos e Baguaçu os eleitores votaram nos Núcleos Assisten­ciais.

O resultado da apuração, que aconteceu na escola Anita Costa, saiu às 22h10, do mesmo dia. No total, 4.775 pessoas, mais de 10% do total de eleitores de Olímpia, 41.477 eleitores, número superior a 64% em relação à eleição anterior (2.898 eleitores), compareceram para votar nas 14 urnas do Anita Costa e uma em cada distrito e escolher seu candidato entre 30 concorrentes.

CONSELHOR REFERENDOU ELEIÇÃO

A última informação divulgada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA no começo de novembro dava conta de que um relatório que considerava válida a eleição para o Conselho Tutelar realizada em 06 de outubro último.

Na mesma divulgação existia a informação de que seria aberto novo prazo para recursos. Mas até o momento nada foi divulgado dando conta do encerramento do processo na esfera administrativa.

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