19 de abril | 2009

Prodem apura prejuízos de quase R$ 600 mil em 2008

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Ao contrário do que era esperado, principalmente a partir das últimas entrevistas concedidas em dezembro do ano passado, pelo então diretor presidente, gerente de cidade, Edil Eduardo Pereira, a Prodem (Progresso e Desenvolvimento Municipal), empresa pública municipal, fechou o ano de 2008 com prejuízos de quase R$ 600 mil.

De acordo com o balanço patrimonial encerrado em 31 de dezembro, publicado na Imprensa Oficial do Município (IOM), no dia 28 de março de 2009, a empresa fechou o exercício com o resultado financeiro negativo de R$ 571.705,32. Além disso, fechou o ano com um patrimônio líquido negativo de R$ 1.479.958,19.

A informação foi confirmada nesta sexta-feira, dia 17, pelo empresário Vivaldo Mendes Vieira, diretor presidente da empresa, durante entrevista a uma emissora de rádio local. “É só ver no balanço”, enfatizou. “É altamente preocupante como empresa”, acrescentou.

Por outro lado, Mendes informou que encontrou o caixa da empresa com cerca de R$ 72.139,60. Deste total, R$ 71.712,60 depositados na conta bancária da Prodem. Os R$ 416,00 restantes se encontravam no caixa geral. “Nem as despesas daquela folha de pagamento do mês de dezembro deixaram em caixa”, reclamou.

Segundo Mendes, apenas para uma empresa de construção que trabalhou para a Ferrasa Engenharia, tinha em torno de R$ 64 mil empenhados para pagamento. Ele explicou ainda que se forem feitos os reajustes necessários, em vez dos cerca de R$ 72 mil que aparecem no balanço, na realidade, chega-se ao valor negativo de aproximadamente R$ 176 mil.

O diretor explicou que para chegar a esse valor negativo basta considerar os pagamentos que foram feitos em janeiro, mas que correspondem ao mês de dezembro. “Só INSS, por exemplo, da folha de pagamento, ainda mais quando se trata do mês de dezembro por causa do 13.º e tudo. Então, encontramos uma empresa com uma preocupação muito grande de resultado”, acrescentou.

PROCESSOS INDENIZATÓRIOS
Porém, Mendes diz que não, esse prejuízo como decorrente de uma má administração: “quero deixar bem claro isso”. Ocorre que houve dois processos de indenização cujos acordos foram assinados no final de setembro de 2008, dados como pagos quando da entrevista do ex-diretor no mês de dezembro.“Foram acidentes que aconteceram.

Então são dois processos que montam R$ 578 mil e isso obviamente pesou no resultado”, informou. Dos processos, foram pagos R$ 177 mil e o restante, R$ 401 mil, está sendo pago em parcelas pela atual administração.“Nós encontramos a empresa com uma situação muito séria, tanto é que tivemos que renegociar dívidas do passado.

A própria empresa de construção que fez a reforma da rodoviária ainda está pendente em alguns valores e pegamos antecipação da Prefeitura para poder cobrir os encargos sociais que temos que pagar”, reforçou.

A empresa, de acordo com Mendes, atualmente tem 182 funcionários, sendo 85 merendeiras, 61 vigias, 13 serviços gerais e somente 10 funcionários de administração, contando, inclusive, o próprio Mendes. Os restantes (13) são concursados no passado e estão divididos entre motoristas e eletricistas.

 
 
 
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