Depois do início de uma rebelião, um dos presos da cadeia pública de Severínia acabou sendo baleado na perna esquerda durante uma tentativa de fuga. O caso foi registrado na tarde da segunda-feira, dia 5. Consta que Gabriel Humberto Barbosa, de 27 anos de idade foi hospitalizado, mas não corria risco de morte.

De acordo com o delegado Marcelo Pupo de Paula, que também dá plantão em Severínia, no momento da rebelião, a cadeia que tem capacidade para 20 presos, abrigava 23 detentos provisórios.

Segundo ele, os presos tomavam banho de sol no pátio da unidade, quando renderam um carcereiro com um golpe tipo gravata – imobilização pelo pescoço. Foi uma ação de quatro presos que, ao serem recolhidos durante o banho de sol, usaram de  força física e renderam o carcereiro. Um segundo carcereiro avisou ao delegado e aos outros policiais civis que cercaram a cadeia.

Consta que eles conseguiram acesso a um alçapão interno e chegaram ao telhado da unidade prisional, porém, numa intervenção rápida de policiais civis e militares e a guarda municipal da cidade, conseguiram impedir a tentativa de fuga.

“Foi uma ação rápida da polícia, que mesmo com poucos policiais conseguiu controlar a situação, sem nenhuma fuga, até a chegada do reforço, da polícia tática de Barretos”, disse.

A Polícia Militar da cidade também foi chamada. Gabriel Humberto Barbosa tentava pular o telhado da unidade prisional quando teve a perna esquerda atingida por um tiro. No entanto, não foi divulgado ainda se o tiro partiu de um policial civil ou de um militar.
Gabriel Humberto Barbosa foi socorrido ao Pronto Socorro da cidade, onde passou por atendimento e depois foi encaminhado ao anexo prisional de Barretos.

Ainda segundo o que foi divulgado pela polícia, três presos vão responder por lesão corporal e danos morais. Além disso, um inquérito policial está sendo instaurado para apontar os danos e penalizar os responsáveis.

LOCAL DE TRIAGEM

O delegado explica que a cadeia de Severínia é utilizada somente para o chamado programa Fênix, ou seja, para onde são encaminhados os presos das cidades vizinhas até que aconteça uma triagem e são encaminhados para os presídios da região, principalmente para o Centro de Detenção Provisório (CDP) de Taiuva.

“Todas as terças e quintas-feiras acontece à operação que denominamos de bonde, ou seja, a transferência dos presos, depois da triagem, para os CDP, geralmente são transferidos de 8 a 10 presos por semana”, informou.