Segundo foi apurado, para cometer
os estupros, ele usava o carro da esposa. O casal, que mora em Barretos, tem
dois filhos. Funcionário de uma usina, L. está afastado do trabalho para
tratamento psiquiátrico. Em depoimento, o estuprador alegou que agia em
momentos de surto e que praticava os estupros, orientado por vozes.

Segundo ele confessou, a violência
sexual era praticada sempre no período da manhã. Aproveitando do fato de que a
esposa estava no trabalho. L. pegava o carro dela, um Palio branco, e dirigia
até o trevo das Rodovias Brigadeiro Faria Lima com a Assis Chateaubriand. No
local, oferecia carona às vítimas.

Quando entravam no carro, as
mulheres eram ameaçadas com canivete e levadas para um canavial, onde ocorriam
os estupros. As vítimas, ameaçadas antes e depois dos crimes, reconheceram o
carro porque um dos retrovisores estava sem o espelho.

Segundo a imprensa da cidade, o
acusado de estupro disse, chorando, que precisa de ajuda para curar seu
problema mental. “Se o doutor (Júlio César Cardoso, delegado titular da DIG) me
desse a liberdade hoje, eu não ia querer. Eu preciso é de uma vaga em uma
clínica para me tratar. Isto não é vida”, afirmou.

L. teve a prisão temporária
decretada e será requerida sua prisão preventiva logo após o término do
relatório do inquérito policial. A pena para o estupro, crime considerado
hediondo, é de seis a dez anos de reclusão.

PRISÃO
O delegado disse que a DIG chegou ao suspeito após um cabo
da Polícia Militar Rodoviária entrar em contato com um dos investigadores,
informando que um indivíduo foi abordado em um Palio nas imediações do local
onde ocorreram os estupros.