Da redação e site do clube
Depois de todos os problemas que aconteceram desde o início de agosto, agora o presidente do Olímpia Futebol Clube, Milton Aparecido da Silva, afirmou à imprensa que não teria falado o que disse na oportunidade. Quer dizer, que não afirmou que havia envolvimento de pessoas com pretensões políticas dentro do GAPO (Grupo de Apoio a Olímpia), mesmo tendo escrito tudo o que foi divulgado em comentário publicado no site do Olímpia FC na internet.

A nova afirmação se deu durante uma reunião realizada na noite da terça-feira, dia 27, na sede da Associação Comercial e Industrial de Olímpia (ACIO), com a presença do presidente e de membros da diretoria do GAPO. Consta que o presidente fez uso da palavra a partir da metade da reunião e solicitou a união de forças em prol do Azulão do Vale.

Silva ainda aproveitou para ressaltar a importância do GAPO: “Este grupo é maravilhoso, vocês são pessoas idôneas que nós precisamos juntos. Quero vocês do nosso lado para conseguirmos o acesso. Eu quero o bem de Olímpia através do Olímpia FC”.

Milton ainda se referiu às entrevistas veiculadas quando do rompimento com o GAPO, dando certa conotação de que a culpa teria sido da imprensa para uma situação criada por ele: “Fui mal interpretado, sei do não vínculo político com ninguém, nunca desconfiei do GAPO e principalmente sei da importância fundamental para o GAPO trazer a torcida de volta”.

Vários assuntos pertinentes ao Olímpia FC e à saída conturbada do GAPO da diretoria foram abordadas e ao final, o Presidente do Olímpia FC e o Presidente do GAPO – José Aparecido Passi – selaram novamente a parceria e agora aguardam pelo bom desempenho da equipe em Suzano para aguardar a casa cheia diante do CA Assisense.

ENCONTRO ADIADO

Um encontro com a mesma finalidade estava marcado para o dia 12 de agosto, mas acabou adiada por causa de problemas de saúde do vice-presidente, Airton Francisco da Silva, que nem mesmo participou da reunião de agora.

Segundo informava dias antes o comerciante Túlio Antônio Pinheiro, ele tinha sido procurado pelos irmãos Silva, que propuseram a reaproximação depois do rompimento, oficializado uma semana antes, aproximadamente.
Como se recorda, ao confirmar a saída de membros do GAPO da administração do clube no início de agosto, Milton Aparecido da Silva declarou que um dos motivos era que não admitia facção, com pre­tensões políticas no comando do alvice­leste.

“Não podemos admitir grupo com pretensões políticas na direção do clube. Não tenho nenhum interesse político na cidade”, afirmou Milton na ocasião.

Sobre a importância da participação do GAPO no clube, Milton declarou que o grupo apenas administrava o dinheiro arrecadado oriundo dos carnês dos sócios torcedores. “O GAPO não dá dinheiro para o Olímpia, apenas repassa o dinheiro que os torcedores compram os carnês, com o objetivo de colaborar com o Olímpia e não com o GAPO”, enfatizou.

DINHEIRO EM DÚVIDA

Na mesma entrevista Milton declarou que o GAPO, com os sócios torcedores, arrecada cerca de R$ 200 mil por ano, mas com a inadimplência esta arrecadação deve cair para cerca de R$ 170 mil. No entanto, segundo o presidente o GAPO repassa apenas R$ 10 mil mensais ao clube, deixando a entender que cerca de R$ 70 mil ficariam para o grupo, não explicando por quê.

Por outro lado, integrantes do GAPO afirmaram que foram humilhados antes da partida contra o XV de Jaú, pois teriam sido impedidos de trabalhar sem nenhum aviso prévio por parte da presidência. O GAPO era responsável pelo bar e pela venda de ingressos nas bilheterias.

Eles afirmam que foram surpreendidos pela decisão da presidência que contratou pessoas para ocuparem seus postos. O presidente Milton, em entrevista, confirmou a atitude declarando que foram colocadas pes­soas que ocupam cargos de confiança nas suas empresas nestes locais, para ele ter o controle do que é arrecadado nos jogos.