08 de abril | 2012

Prefeito de Olímpia coordena a “degola” de ex-vereador “gastador” de Guapiaçu

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O prefeito de Olímpia, Eugênio José Zuliani, chegou a receber ordem do cacique do DEM, deputado federal licenciado Rodrigo Garcia, atual secretário estadual de Desenvolvimento Social, para expulsar o ex-vereador de Guapiaçu Joel Benedito Pagliusi Gomes do partido. Ele é o responsável pela condução da sigla na região que abrange Guapiaçú também.


A informação está publicada na edição do Diário da Região de São José do Rio Preto da quarta-feira desta semana, na seção Coluna do Diário, assinada interinamente pelo jornalista Rodrigo Lima.


Também de acordo com a coluna, o prefeito lamentou a denúncia contra Joel que ocorreu no mesmo período em que o senador Demóstenes Torres também deixou a sigla por conta de denúncia de corrupção. “Joel prometeu deixar o partido”, afirmou o prefeito, antes da confirmação do pedido.


O ex-vereador do DEM, mesmo partido do prefeito de Olímpia, é acusado de fazer compras suspeitas com dinheiro público, como tênis importado, taças de bebidas e óculos.


Mesmo assim, também segundo a coluna, mas na edição de dia anterior, o coordenador da legenda na região, Jurandir Durrula Martins, chegou a defender a idoneidade do ex-vereador. “O Joel é um cara decente”, insiste Martins.


Consta que o Ministério Público (MP) de Rio Preto determinou na terça-feira desta semana, dia 3, à Delegacia Seccional de Rio Preto a abertura de inquérito policial para investigar criminalmente o ex-vereador Joel Benedito Pagliusi Gomes, ex-presidente da Câmara Municipal de Guapiaçu, por crimes contra a administração. Ele, que renunciou ao cargo de vereador na terça-feira, deverá ser indiciado por peculato (apropriação de dinheiro público em proveito próprio) e fraude a licitação, cujas penas somadas variam de 4 a 16 anos de prisão mais o pagamento de multa.


O ex-parlamentar já é alvo de ação civil pública sob a acusação de enriquecimento ilícito e improbidade administrativa. Joel é acusado de gastar R$ 743,1 mil indevidamente com despesas pessoais e familiares e com compras irregulares de equipamento para o legislativo.


De acordo com o promotor José Heitor dos Santos, responsável pelo pedido de abertura do inquérito policial, além de Pagliusi, todas as pessoas que foram beneficiadas direta ou indiretamente com a fraude na licitação também poderão ser indiciadas e processadas por crimes contra a administração pública e fraudes à licitação.



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