22 de novembro | 2020

Prefeito acredita que turismo deva gerar mais de 3 mil empregos diretos nos próximos anos

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PÓS ELEIÇÃO!
Prefeito falou na Rádio Cidade sobre como foi a
campanha, o governo e o que fará no futuro.

O prefeito Fernando Cunha (foto) , na segunda-feira, 16, foi ouvido pelos âncoras do programa Cidade em Destaque, José Antônio Arantes e Bruna Silva Arantes, transmitido pe­lo Youtube, Facebook e pela Rá­dio Cidade e, ao fazer um balanço de sua atuação nos úl­timos quatro anos e projetar o que fará no futuro, afirmou acreditar que Olím­pia não deverá sofrer muito com o período pós pandemia que se avizinha em razão do turismo.

Cunha espera que os empreendimentos que deverão ser inaugurados nos próximos meses e as empresas que estão prestes a se instalar no município, inclusive duas indústrias, deverão gerar aproximadamente três mil empregos diretos, sem contar os indiretos.

Ele começou a entrevista fa­­lando sobre o resultado da campanha em que teve quase 60% dos votos válidos. “Eu não sou um político profissional. Eu estou prefeito e administrei quatro anos dentro des­sa filosofia, de dar o melhor que eu posso para minha cidade e fui para eleição assim, fiz uma campanha de prestação de contas do que eu fiz e de propostas para o próximo mandato”.

E continuou: “Nessa linha, eu mantive a minha tran­qui­li­dade, não denegri pessoa nenhuma, família nenhuma, não fiquei acusando, fabricando factóides. Acho que depois da eleição que a gente sente um pouco, hoje (segunda-feira, 16) acordei com dor de ca­beça, mas estou feliz e grato a confiança que a maioria dos olimpienses deram para mim”.

VAI HAVER

MUDANÇAS

NO SECRETARIADO

— Meu mandato termina dia 31 de dezembro, dia primeiro de janeiro é outra administração, quer dizer, eu tenho liberdade para nomear quem eu quiser e vou fazer is­so. Vou fazer o melhor para O­límpia, então vou trocar secretário, vou trocar equipe, mas objetivando melhorar a administração. A gente tem que ser realista, no Brasil o e­xecutivo manda na execução mediante autorização legis­la­tiva, então tem que ter composições políticas com o legis­lativo. Não tem como, para ter maioria na Câmara Municipal, tem que fazer concessões. Todo governador, todo presidente, todo prefeito tem que fazer, cada um do seu jeito. Eu faço colocando pessoas qualificadas que vão seguir a minha orientação, senão também vira um inferno na Câmara e a gente tem que procurar pacificar politicamente a cidade.

DOIS OU TRÊS

VEREADORES

PODEM VIRAR

SECRETÁRIOS

— Acho que é normal isso. Vereador virar secretário. Vai ter aí uns dois ou três, depende do perfil das pessoas também, do que eles tiverem representando os grupos deles. Eu tive problemas com diversos secretários que passaram pela prefeitura, mas que a­cham que é prefeito. Vereador vira secretário por delegação do prefeito. Quem foi eleito para o executivo é o prefeito, o vereador aceita o cargo, pe­ga a área, toca, mas sempre dentro com o que o prefeito propõe.  Então, terá composições políticas sim, faz parte do jogo político.

Se muda alguma coisa no encaminhamento da pande­mia?

— Não tem o porquê na nos­sa região mudar nada, os números de casos e inter­na­ções estão caindo, agora vamos continuar tendo o cuidado porque o bichinho está no ar. 

Muitos processos contra fakes e montagens na inter­net?

— Acho que uns 15. Foi de todo tipo, para pedir para tirar do ar esses fake news, essas coisas. A maioria no eleitoral, mas teve de tudo. Teve inclusive pré-campanha, estou colocando isso nos últimos 6 meses. É a forma que a gente equilibrada usa para tratar este assunto. Usa a justiça pa­ra corrigir essas distorções. Na última semana, os caras não faziam campanha pro­posi­tiva, nem saiam na rua pedindo voto, ficavam na in­ternet me infernizando para me denegrir.

DESAFIO VAI SER

CONSEGUIR

VERBAS

PARA OBRAS

— O maior desafio inicial e eu acho que da administração pública do Brasil é formar e­quipe. É muito difícil formar equipes, você não tem quadros, a nossa educação não vai bem, não forma, a formação cultural, moral, social tam­bém não é boa. Então, é difícil você recrutar gente qua­lificada. Os bons vão para a iniciativa privada que paga bem mais. A outra coisa que toma tempo é você é engajar as pessoas, você convencer os funcionários que você quer que trabalhe naquela direção. Você tem que formar equipe, depois incutir uma filosofia de trabalho. Eu procuro permanentemente falar que nós somos servidores públicos, na essência nós estamos para servir um serviço público, mas isso você tem que saber formar a cultura desse tipo de prestação de serviço.

— Depois, nós tivemos um mandato difícil com Dilma, Te­mer, Bolsonaro, aí veio a covi­d-19, não foi fácil gerenciar a obtenção de recurso para fazer melhorias de investimentos, tanto em obras públicas quanto em serviços públicos. Espero que nos próximos qua­tro anos eu consiga mais, pois apesar dessa situação da covid-19, a situação financeira de Olímpia é muito sólida, nós temos condições de fazer mais coisas com a prefeitura e o estado eu tenho esperança que com aproximação minha com Ge­ninho e com o Rodrigo Gar­cia, agora partindo para e­lei­ção deles, acho que vão nos ajudar. Eu espero que a gente tenha uma irrigação de recursos maior para nossa cidade.

SOBRE A

EDUCAÇÃO

— Quero fazer concurso para efetivar professor, porque acho que ele tem que ser treinado, tem que fazer uma carreira. Isso é uma coisa. A­gora, Olímpia sempre fez a educação básica, eu quero criar um Instituto Municipal pa­ra avançar para o ensino pro­fissionalizante e para o curso superior. Nós temos a universidade virtual que deu certo aqui em Olímpia, que eu quero ampliar, e quero dialogar com a UNIESP que em função do quase fim do FIES e com crescimento do ensino à distância, essas faculdades estão em uma dificuldade enorme e pode fechar tudo. Então, este Instituto pode vir a encam­par algum curso superior se necessário, mas é uma negociação, é o entendimento desse pessoal, se for desa­tivar, vender, a prefeitura pode ter que assumir para não deixar morrer isso.

SAÚDE

CONCENTROU

MOMENTOS

MAIS

DIFÍCEIS DOS

ÚLTIMOS

QUATRO ANOS

— Nós tivemos a crise da meningite, foi um momento muito ruim. Nós temos todos os anos três casos de meningite, historicamente tem três óbitos por meningite. Meningite que nós já podemos ter tido e nem sabemos, que é u­ma inflamação da meninge, mas para evoluir para um óbito é um caso raro. De repente, fabricaram aqui em Olímpia que era um surto e aí estragou aquele verão nosso. Depois nós tivemos um problema com a dengue; um surto de mais de três mil casos; foi um deus-nos-acuda, mas aí vem o aprendizado. Não podemos deixar mais acontecer e aí compra equipamento, con­trata mais gente e vigilância permanente para não ter mais dengue.

— E agora essa maldita co­vi­d. Em março, quando isso chegou aqui, a gente ficou em uma insegurança enorme sobre o que iria acontecer. Fechou o turismo e foi um momento tenso de você se preparar para enfrentar. Aí veio auxílio emergencial que socorreu até agora, a partir de janeiro já começa uma vida nova na economia, agora vamos sofrer o rescaldo da pan­demia.

PROJETO

PÓS-PANDEMIA

— Acho que a gente não deve perder muita arrecadação por causa da pandemia. O que a gente precisa recuperar é o serviço e o turismo tem que acontecer para que a arrecadação seja normalizada. Essa é a grande incógnita.

TURISMO,

INDÚSTRIA E

COMÉRCIO

DEVEM GERAR

03 MIL EMPREGOS

DIRETOS

— Atualmente nós temos ofertas de emprego e não tem gente procurando emprego por causa do auxilio emer­gen­cial. Então essas pessoas vão ter que voltar ao mercado de trabalho e nós vamos ter oferta de emprego e o ano que vem tem abertura de uma série de empreendimentos que a gente tem aqui em Olímpia que vai dar muito emprego. Nós temos dois resorts que vai dar direto pelo menos 700 empregos e indiretamente nós vamos ter uns dois mil empregos desses dois resorts. A Kimberlit está construindo duas indústrias novas, uma de bioinseticida e outra de a­dubo. O Muffato comprou um terreno lá no Menina Moça pa­ra fazer um atacadista; a Havan priorizou e em algum momento vai implantar em Olímpia. Então, nós temos aí uns três mil empregos à vista a partir do próximo ano e ainda tem mais três resorts sendo licenciados para começar a construção.

MEIO AMBIENTE

E DAEMO

— No Daemo primeiro a gente teve que produzir água, nós produzimos; aí nós tivemos que estocar água, nós estocamos; agora é a rede. Nós temos que substituir as redes velhas ou redes mal feitas. Às vezes tem bairro novo, tipo Har­monia e Morada Verde, com coisa mal feita. Temos que setorizar também; seto­rizar é dividir em bairros, pois quando faltar em um não ficar cinco bairros sem água de uma vez. Eu acho que nós precisamos fazer mais dois poços profundos, mas não precisa ser agora, nós vamos mexer na rede primeiro. Se bem que nós vamos ligar o poço da Petrobrás lá na zona leste.

— Agora o lixo nós temos que fazer uma reciclagem do resíduo da construção civil. Nós precisamos parar de estocar entulho. Nós temos que fazer uma reciclagem também do cata-galho, uma montanha de galho que é produzida todo dia, com seis caminhões catando galhos na cidade. Nós temos uma conversa com a usina para fazer adubo orgânico e jogar no canavial, então no meio ambiente está resolvido e bem resolvido em Olímpia, mas vai jogando debaixo de tapete, vai fazendo uma montanha de entulho. Nós temos que tentar reciclar isso e aí vem a coleta doméstica também, tentar melhorar um pouco a coleta seletiva.

Quais os grandes projetos para a próxima administração?
— Nós resolvemos os problemas essenciais. Com a implantação da guarda municipal agora, a gente fecha esse ciclo. A Santa Casa está bem encaminhada, educação, instalações, agora é aperfeiçoar isso. Acho que melhorar a qualidade daquilo que a gente fez, então agora eu acho que a gente pode ousar um pouco mais.

MELHORAR O

SISTEMA VIÁRIO

DA CIDADE E

DUPLICAR

RODOVIAS QUE

CHEGAM A OLÍMPIA

— Eu quero melhorar o viário da cidade que é muito antigo e inadequado, então quero arejar a cidade com a­venidas e melhoria nas avenidas que tem. Quero continuar criando atrativos adicionais na cidade, que é bom para turista, mas que é muito melhor ainda para o olimpiense. Aquilo que estou fazendo na estação ferroviária com o Centro Cultural comecei a fazer no Recinto do Folclore pa­ra ter atividades permanentes, o Museu de Arte Sacra que nós devemos no final do ano inaugurar e o Museu do Folclore que quero levar para o Recinto e fazer da Vila Brasil uma coisa permanente.

— Quero equipar Olímpia melhor para o turismo, quero fazer essa infraestrutura no viário e, por exemplo, melhorar as nossas entradas que são horror, as nossas vias de acesso e esse trabalho com o Geninho e o Rodrigo Garcia de duplicar essas rodovias que chegam a Olímpia, que acho que a gente vai conseguir, e quero implantar um a­e­roporto para jogar no patamar nacional. Olímpia já é ho­je lembrada pelo Thermas no Brasil inteiro e vai, se Deus quiser, ter um aeroporto para ser um destino nacional de tu­rismo e também internacional para a América Latina. Eu quero deixar esse legado para Olímpia.

Depois que acabar esses quatros anos, o que você vai fazer em Olímpia?

— Pendurar a chuteira, ficar quietinho. A gente vai dar palpite, mas não vai ser fake news que vou produzir não.

— Quero agradecer a população de Olímpia, a população que me deu essa responsabilidade de quatros anos pa­ra eu concluir algumas coisas que comecei, aperfeiçoar coisas que nós viemos fazendo e fazer mais pela nossa cidade. Eu estou muito responsável com a minha obrigação de retribuir essa confiança, es­se crédito que a população me deu, por isso eu só tenho que agradecer a população de Olímpia.

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