05 de janeiro | 2020

Pré-candidato André Gizoldi garante que não será vice de Fernando Cunha

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OUVINDO OS PRÉ-CANDIDATOS!          “É preciso fortalecer as UBS e dar tratamento digno para a população”.

“Sobre as obras do atual prefeito: são projetos da gestão passada”.

O empresário André Gizoldi, pré-candidato a prefeito de Olímpia, foi o entrevistado da sexta-feira, 03, na rádio Cidade, 98,7 Mhz, quando, entre outras coisas, garantiu que não será candidato a vice de Fernando Cunha numa possível composição e que o mais provável será que uma candidatura apoiada pelo deputado federal e ex-prefeito Geninho Zuliani saia da coligação dos partidos DEM e PSDB.

Gizoldi começou sua entrevista explicando que a intenção de se colocar como pré-candidato a prefeito “surgiu de várias reuniões com um grupo de amigos de várias classes sociais, vários segmentos, várias ideias, mas com ideais de fazer algo de interessante para nossa cidade, para nossa população que está precisando, que está pedindo socorro”.

André acredita que a grande falha do atual governo está em ter abandonado os bairros da cidade e na Saúde que deixou muito a desejar. “É preciso estreitar esse relacionamento do poder público com a periferia, dar suporte para a população. Já a saúde em 2019 foi terrível para  Olímpia. Os números foram negativos. Precisamos tratar a saúde como precisa ser tratada, não usar ela como veia política e moeda de troca. E isso pode ser feito melhorando o atendimento das UBS, com atendimento digno, com horários diferenciados, com carga horária ampla”.

“É PRECISO FORTALECER AS UBS E DAR TRATAMENTO DIGNO PARA A POPULAÇÃO”.

E continuou: “Isso desafogaria a UPA. Pois quando não tem o atendimento digno na UBS todo mundo cai na UPA. Além do que podemos criar outras UPAs, podemos retomar o pronto atendimento de emergência para Santa Casa. O que eu falo, o atendimento de emergência para Santa Casa, é aquele atendimento crítico, aquele emergencial mesmo, que precisa ir para lá e não precisa passar pela UPA”, complementou.

Sobre o propagado abandono do prefeito com a periferia, o pré-candidato afirmou: A partir do momento que a gente se propõe a ser um gestor público, tem que estar aberto para o povo, porque é o povo que elege a gente. Então nós temos que perguntar quais são as deficiências, as dificuldades e ir sanando gradativamente”.

“CASA GRANDE E SENZALA GEOGRAFICAMENTE ESTÁ CERTA”.

Sobre a metáfora da Casa Grande e Senzala criada pelo jornalista âncora do programa Cidade em Destaque da Rádio Cidade, Gizoldi, entende que, geograficamente, a divisão da cidade provocada pelo prefeito foi esta mesma. “O Vale do Turismo, onde a coisa está andando e fluindo muito bem, por sinal nós precisamos disso. Em a outra parte que tem a população um pouco mais esclarecida e tem a periferia que a parte um pouco menos esclarecida que sofre e é a mais penalizada porque não tem o suporte da gestão pública em todos os sentidos, como assistência social digna, saúde, educação e segurança”, afirmou. 

Sobre a situação econômica disse que vê o turismo como um ponto muito positivo para cidade.  “Ho­je nós precisamos e é fundamental o turismo para nossa cidade, pois já representa 60% da nossa economia, aproximadamente. Mas com a revolução que ocorrerá com a chegada da tecnologia, Olímpia será beneficiada pelo turismo que ainda demorará para ser automa­tizado. E isso dará tempo para que possa promover o treinamento para eles, proporcionar o conhecimento”. 

“SOBRE AS OBRAS DO ATUAL PREFEITO: SÃO PROJETOS DA GESTÃO PASSADA”.
Já a respeito das obras terminadas pelo atual prefeito e que praticamente criaram o hoje chamado “Vale do Turismo”, o empresário foi taxativo: “Bom, isso é projeto da gestão passada. Não é dessa gestão. Bem como o projeto de saneamento básico, também não é de agora. Ele nasceu lá atrás. Foi concluído na gestão atual, porém nós precisamos saber daqui para frente quanto que isso vai custar para a população”.

E continuou: “e veja que tem muitos bairros que hoje continuam sofrendo com a falta de água. Esses poços que foram perfurados, um deles, não atingiu o sucesso desejado e teve que perfurar um outro. Então, além de faltar água nos bairros, a gente recebe a amarga notícia agora recentemente que vai ser repassado 6,5% de aumento para a população. É isso que eu te falei agora há pouco, quanto que vai custar isso para a população? Mas para custar, não tem problema. Eu acho que se tem que pagar, vamos pagar, mas com 100% de qualidade”. 

O pré-candidato respondeu também perguntas dos ouvintes. Uma delas foi de Sérgio Ribeiro sobre o que leva uma pessoa ser candidato. Gizoldi respondeu que Olímpia é uma cidade privilegiada que tem orçamento em torno de 300 milhões de reais por ano. Diferente de qualquer outro município. Agora a questão de buscar recursos, hoje nós temos nosso deputado federal, que é de Olímpia, que é a ponte que liga o município ao estado, a união. Então nós podemos usar isso também”.

“SOU AMIGO PESSOAL DO GENINHO”

Sobre o apoio de Geni­nho e por qual partido se­rá candidato, André explicou: “Sou amigo pessoal do Geninho, que por sinal foi um excelente gestor público da nossa cidade e está agora em outro pata­mar. Eu recebi o convite de dois partidos, porém eu tenho até o dia 30 de março para definir porque nada vale eu fazer hoje minha filiação nesse partido e daqui 15 dias eu ter que mudar. Quais são os partidos? DEM e PSDB, até porque esses dois partidos já estão andando juntos. Agora precisamos ver para qual partido que nós vamos estar em melhor momento para definir. Mas, de certa forma, é muito positivo porque o governo do Estado já vem sendo administrado por DEM e PSDB. Então, acho que fica muito mais fácil para captação de recurso junto com o nosso deputado Geninho para trazer o dinheiro para cá”.

CANDIDATURA APOIADA POR GENINHO DEVE SAIR DA JUNÇÃO DO DEM COM O PSDB

André afirmou que destes dois partidos deverá sair a sua candidatura e não descartou ter que ser candidato a vice nesta eleição. Mas sobre um possível acordo com o atual prefeito para sair como seu vice, foi enfático: Não! Com certeza. Olímpia precisa de uma renovação política. Se eu estou aqui hoje como pré-candidato de oposição, como que lá na frente eu vou dar a mão para o Coronel Cunha que de certa forma não atende a minha expectativa e não atende a expectativa do povo?”, questionou.

No entanto, não descartou até ser o vice de Flávio Olmos (que está no DEM), ou de Gustavo Pimenta, do Márcio Iquegami e do Lamana (PSDB). “Isso vai ser decidido agora no próximo período. Eu acho que a cidade agora começou absorver as ideias dos pré-candidatos, começou a conhecê-los, então nós precisamos saber quem que está no melhor momento. Nós temos que nos unir mesmo, trabalhar pela população de Olímpia, pois o atual prefeito que disputa a reeleição está com a máquina pública na mão”.

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