18 de maio | 2008
Praticar justiça com as próprias mãos está ligada à falsa idéia de impunidade
Na avaliação do advogado Daniel Sacchetin (foto) a idéia de praticar a justiça com as próprias mãos está diretamente ligada à falsa sensação de impunidade, que todos os cidadãos têm em razão da justiça ser morosa na aplicação da lei, transparecendo que o criminoso não será condenado.
"Acredito também que isso está relacionado ao grau de educação, que todo cidadão recebe e em virtude da baixa educação que temos, acarreta essa falsa sensação de impunidade", comentou.
A falta de melhor acompanhamento durante o processo de crescimento da pessoa, incluindo o fator religião, mas com moral e dentro da cultura e costumes, pode fazer com que o indivíduo tenha a sensação de impunidade e pratica os atos mais absurdos.
Mas, por outro lado, não acredita que a pena de morte seja solução, embora considere que até seria interessante a instituição da pena de prisão perpétua para os casos mais intrigantes: "porque na minha família acreditamos que não é matando o corpo que se cura a alma".
Para diminuir a violência o advogado indica um policiamento mais ostensivo, principalmente em relação ao combate ao narcotráfico. Além disso, um bom sistema de educação no município ou estado, aplicação correta dos recursos e os próprios políticos passarem a dar bons exemplos, pode ajudar "e uma justiça mais ágil que possa punir verdadeiramente aquelas pessoas que tanto praticam crimes e delitos".
Já para as saídas temporárias Daniel acredita que têm que seguir critérios baseados em estudos psicológicos, juntamente com integrantes da polícia e da própria justiça, o que acredita não tem sido observado.
"Para saber se estão verdadeiramente aptos para sair como bons cidadãos e não praticarem novos crimes e isso tem que ser feito dentro da prisão. Esses requisitos têm que ser cumpridos e se assim não for, não dará o direito para a pessoa. Não basta apenas um bom comportamento", observou.
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