04 de agosto | 2013

Povo paga caro pela exclusividade de marca de bebidas durante Fefol

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O povo pagou e muito caro pe­la exclusividade da marca de bebidas no 49.º Festival Nacional do Folclore (Fefol), que foi realizado no período entre os dias 20 e 28 de julho próximo passado, no Recinto de Exposições e Praça das Atividades Folclóricas Professor José Sant’­an­na. Para se ter uma ideia, quem consumiu uma lata de cerveja acabou pagando praticamente o valor de duas no comércio nor­mal da cidade.

Essa constatação pôde ser feita ao avaliar alguns valores que acabaram sendo divulgados pela imprensa local no decorrer desta semana, que acabaram confirmados pelo secretário municipal de Cultura, Esportes, Turismo e Lazer, Gustavo Zanetti, durante uma entrevista que concedeu a uma emissora de rádio local.

De acordo com os valores que foram divulgados uma lata de cerveja, por exemplo, era repassada para barracas pelo valor de R$ 2,90, mas com a definição e até mesmo a necessidade, de ser co­mer­cializada a R$ 4,00. Isso porque o barraqueiro tinha de pagar o aluguel do espaço e ainda tentar ganhar alguma coisa durante o período no qual permaneceu trabalhando.

Só para ter uma ideia do custo do produto para entrega no comércio local, uma lata de cerveja Bhrama tem o custo de R$ 1,49. Duas saem por R$ 2,98, ou seja, apenas R$ 0,08 mais caro que uma que foi repassada para barracas. Quer dizer, o barraqueiro pagou quase o dobro do valor normalmente cobrado do comerciante normal da cidade.

Por outro lado, consta que a em­presa distribuidora de bebidas pagou a importância de R$ 20 mil para a organização do evento, a título de exclusividade da marca, mas acabou cobrando is­so e muito mais, dos barraqueiros e do consumidor.

Mas a empresa que não é de Olímpia mesmo com público pequeno deve ter faturado alto e mesmo pagando R$ 20 mil pela exclusividade, ainda ter levou muito dinheiro embora. Segundo cons­ta, somente as barracas das entidades comercializaram 25,2 mil latas de cerveja aproximadamente. Dessa forma, a empresa acabou faturando R$ 73.0­80,00, total que ainda restaria R$ 50 mil livres.

Numa análise fria, para um fes­tival idealizado por José Sant’­anna para que tivesse acesso grátis ao recinto, essa situação até pode ser considerada que seria uma forma de cobrança de ingressos.

Mas o secretário falou também da possibilidade de baixar os preços dos produtos comercializados: “Pode até ser. Ter uma proposta. Tem o aluguel (da barraca) que o comerciante está pagando. É uma questão de negociação”.

E acrescentou: “A bebida nos ajuda porque ela paga para estar ali. Então, há receita para o município. Se a gente tiver recurso poderemos negociar diferente com a empresa (distribuidora de bebidas)”.

 
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