A ponte sobre o rio Turvo, no quilômetro 27 da rodovia Assis Chateaubriand (SP-425) – como é conhecida principalmente por pescadores – já está marcada por grandes tragédias. Em pelo menos três acidentes dezenas de pessoas perderam a vida no local. O maior deles e mais antigo, aconteceu há 48 anos, quando 59 estudantes de São José do Rio Preto morreram quando o ônibus que viajam caiu dentro do rio.

A tragédia do rio Turvo, como ficou conhecida, ocorreu por volta das 19h do dia 24 de agosto de 1960, sobre a ponte improvisada no quilômetro 27 da rodovia, na divisa entre Olímpia e Guapiaçu.

Das 65 pessoas que estavam no veículo, apenas cinco estudantes, que tinham entre 14 e 22 anos, e o motorista, sobreviveram. O ônibus era ocupado por alunos da Escola Técnica de Comércio Dom Pedro 2º, hoje Faculdades Dom Pedro.

Quase todos os adolescentes participavam da fanfarra da escola, que animaria um baile e também tocaria nas festividades da comemoração do aniversário de Barretos. Na época do acidente a ponte de concreto que hoje existe sobre o rio Turvo estava sendo construída e havia um desvio para os veículos.

As meninas e professores ficaram em um ônibus que saiu minutos antes do ônibus com os rapazes. Próximo à ponte, o motorista do segundo coletivo, Wosihiyki Hahiasi, teria ultrapassado o carro com as garotas, perdendo o controle da direção ao passar pelo desvio e caiu na parte profunda do rio, com as rodas para cima, impedindo que todos conseguissem deixar o ônibus.

Depois de 48 anos, o rio Turvo volta a ser palco de uma tragédia. No final da tarde da quarta-feira desta semana, um ônibus que transportava colhedores de laranjas caiu da ponte depois de ser atingido por uma carreta, deixando três vítimas fatais;

Festa do Peão

Outra tragédia ocorrida evolvendo a mesma ponte aconteceu no dia 3 de setembro de 2000 envolvendo dois veículos de pequeno porte, mas que deixou um saldo de 12 mortos. O acidente aconteceu por volta das 10 horas da manhã, deixando ainda duas vítimas com ferimentos graves.

Um dos carros envolvidos voltava de uma Festa do Peão na cidade de Guapiaçu.

O choque aconteceu na faixa de rolamento onde trafegava um Corcel. Na época, a principal suspeita é de que o Gol, cujos ocupantes voltavam da festa, tenha provocado o acidente.

O acidente envolveu o corcel, placas BJT 8574, de Uchoa, ano 75, que estaria sendo dirigido por Benedito Sangregorio, de 45 anos e o Gol, placas BST 3673, que era conduzido por Rafael Luís Fernandes, de 20 anos, bateram de frente.

Em conseqüência, tiveram mortes instantâneas, quatro ocupantes do Gol: Aniloel Rodrigues, de 20 anos; Breno Gustavo Duarte, 20; Flávio Luiz Palmieri, 19 e o motorista Rafael Luís Fernandes. Apenas conseguiu sobreviver João Paulo dos Santos, de 17 anos.

Dos nove ocupantes do Corcel, oito morreram: Raquel Miranda Costa, 60; Benedito Sangregório, 45; Terezinha Miranda Coradini, 46; Émerson Adriano Coradini, 27; Roseli Pena Oliveira, 29; Natália Cristina de Oliveira Santos, 8; Émerson de Oliveira Coradini, 3 e Érica Oliveira Coradini, 2.

Segundo revelaram amigos dos cinco rapazes que estava no Gol, todos no sábado estavam na 33a Festa do Peão de Guapiaçu, onde passaram a noite. Na manhã de domingo resolveram voltar para Ribeiro dos Santos.

Já os ocupantes do Corcel se dirigiram para Baguaçu e quando os dois veículos se cruzaram na ponte aconteceu a batida, causando 12 mortes.