18 de julho | 2013

Policial militar está sendo acusado de agredir e ameaçar porteiro do condomínio Veridiana

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O policial militar Hial, que atua na Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicleta (ROCAM), da 2.ª Companhia da Polícia Militar de Olímpia, está sendo acusado de ter agredido e ameaçado o porteiro Murilo Rodrigo da Silva, de 31 anos de idade, morador da Rua Marechal Deodoro, número 57, no centro da cidade, que trabalha na portaria do condomínio Veridiana, localizado na zona oeste de Olímpia.

Segundo consta no termo de declaração do porteiro ao comandante do policiamento de Olímpia, tenente Alessandro Roberto Righetti, cuja cópia chegou à redação, a situação ocorreu no final da manhã da quarta-feira desta semana, dia 17, por volta das 11h10, no interior da portaria do condomínio.

As agressões e ameaça teriam acontecido logo após a saída da esposa do policial, identificada apenas pelo nome Fernanda, que teria ido ao condomínio com a finalidade de apresentar um mostruário de joias à moradora do local, Francine Righetti.

De acordo com o relato do porteiro, Fernanda teria chegado por volta das 10 horas em um veículo Peugeot de cor prata e ao saber que ela trabalha com joias, Murilo Rodrigo da Silva demonstrou interesse e pediu que conversasse com ele quando estive de saída.

Na saída, também segundo a cópia do documento, que se deu por volta das 11 horas, o porteiro pediu que estacionasse o carro num local que não impedisse a entrada e saída de veículos e perguntou a forma de negociação. Mas as condições apresentadas por Fernanda, que se apresentou como esposa do policial, não lhe favoreciam, disse-lhe que quando tivesse uma condição mais apropriada mandaria um aviso pelo policial que sempre passa pelo local fazendo patrulhamento de rotina.

Ocorre que, aproximadamente 10 minutos depois chegaram os dois policiais da ROCAM, um deles o Hial e outro que não soube informar o nome e ele abriu a cancela para que entrassem. Mas ele relata que Hial logo estacionou a moto ao lado e entrou praticando as agressões.

O porteiro diz que ainda tentou se explicar, mas que não teve tempo e que Hial teria iniciado as agressões com socos na cabeça e movimento de enforcamento com as duas mãos, prensando seu corpo contra a parede.

Em seguida o policial teria deixado o local afirmando em voz alta: “esse pau no c.. fica barrando mulher de policial e perguntando de dinheiro” e, já quando ia embora ainda teria dito que “iria matar o declarante e que iria fazer de tudo para que perdesse o emprego”.

Já sobre a atuação do outro policial, o porteiro informou que este não lhe agrediu, mas que apenas ficava perguntado se ele “era correria” (malandro) e avisando que se fosse “correria ia ficar ruim para ele”.

Também consta no termo, que o porteiro se apresentou na sede da 2.ª Companhia com marcas no pescoço e um galo na nuca. O comandante, que registrou a denúncia às 12h45, pediu que ele passasse por uma consulta médica e lhe encaminhasse o resultado para fazer parte da investigação do caso.

O policial foi consultado e preferiu não se manifestar.

O síndico do residencial Veridiana, Rubens Antônio Gianoto, por sua vez, declarou que o condomínio vai dar total assistência ao porteiro que, segundo seu colega de trabalho no local, que não quis se identificar alegou que este estaria com receio de voltar ao trabalho.


A portaria do condomínio Veridiana


Policial nega versão e diz que porteiro
inventou história para justificar demissão do emprego

De acordo com o que foi divulgado no final da manhã desta quinta-feira, dia 18, pelo radialista Valter Carucce na rádio Difusora AM, o policial militar Hial, que atua na Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicleta (ROCAM), da 2.ª Companhia do 33.º Batalhão da Polícia Militar do Interior, sediado em Olímpia, negou ter agredido e ameaçado o funcionário da empresa Defense, o porteiro Murilo Rodrigo da Silva, de 31 anos de idade, morador da Rua Marechal Deodoro, número 57, no centro da cidade, que trabalha na portaria do condomínio Veridiana, localizado na zona oeste de Olímpia.

No entanto, o policial se negou a conceder uma entrevista para a emissora de rádio. Porém, na versão divulgada, ele afirma que, Murilo Rodrigo da Silva teria perdido o emprego e estaria utilizando a história que inventou, para que tivesse uma espécie de álibi para justificar a nova situação que estaria vivendo.

O radialista Valter Carucce manteve contato com o síndico do condomínio Veridiana, Rubens Gianotto, e este negou a demissão e mesmo que tenha a pretensão de demitir o porteiro. Pelo contrário, disse ainda que a direção do condomínio dará todo o respaldo necessário para o funcionário.

Carucce também manteve contado com o comandante da 2.ª Companhia, capitão Vinicius Cláudio Zoppellari, que informou que estava sendo aberto um procedimento administrativo, ou seja, uma sindicância interna, para apurar tudo o que eventualmente possa ter ocorrido na portaria do Veridiana.

Consta que, de acordo com ele, o porteiro terá que apresentar provas contra o policial, entre elas, testemunha do fato e a própria filmagem do lado externo da portaria que, conforme o próprio porteiro relatou, existe como medida de segurança. O caso foi registrado também na Delegacia de Polícia.

Por outro lado, o porteiro aguarda providência e até mesmo punição severa contra o policial militar. “Como que fica agora, eu andando na rua sabendo que esse cara está fardado para cima e para baixo? Como que fica lá no meu emprego, porque a qualquer momento ele pode chegar lá de novo e me dar um tiro até, como ele mesmo disse. Tem toda essa situação. Como fica essa história? Eu quero saber disso”, questionou durante entrevista que concedeu ao radialista.

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