16 de maio | 2011

Polícia fez escuta telefônica durante mais de um ano para prender Washington Peão

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A polícia civil de Olímpia realizou escuta telefônica durante mais de um ano para desmascarar o traficante Luis Antônio Pereira, vulgo “Washington Peão”, inclusive para descobrir que, pertenceriam a ele, os 84,5 quilos de maconha apreendidos na tarde do dia 27 de outubro de 2010, por volta das 17 horas, no bairro rural Campo Alegre, região leste do município. No entanto, ele continua foragido da polícia desde o dia 11 de fevereiro, quando fugiu da cadeia de Barretos.

Embora o processo corra em segredo de justiça, a informação consta de edital de citação publicado pela juíza da 2.ª Vara local, Andréa Galhardo Palma, na imprensa oficial do dia 13 de maio último. O edital é uma forma de citar (ato inicial do processo) denunciados pela justiça em processo crime, que se encontram em lugar incerto e não sabido.

No entanto, se o réu não comparece à justiça ou mesmo não constitui advogado para representá-lo, ficam suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva.

No presente caso, pelo que se observa do edital publicado, Washington Peão foi denunciado juntamente com os outros envolvidos, no caso da apreensão dos mais de 84 quilos de maconha e com a citação ficta (por edital), se não se entregar, o processo permanecerá suspenso até que seja encontrado pela polícia, não correndo a chamada prescrição da pena a seu favor.

Peão está sendo citado por edital junto com Daniel dos Anjos Lopes Junior, alcunha: “Jr. de Cajobi”, acusados (junto com outros que estão presos) por tráfico de droga e associação para o tráfico, em concurso material de crimes (juntam-se as penas).

Consta do edital que nos autos do I.P. 39/11, no dia 27/10/2010, por volta das 17:00 horas, na Fazenda São José, nesta cidade, o acusado Luis Antonio Pereira e outros, previamente ajustados e agindo com unidade de propósitos, tinham em depósito e guardavam, para fins de venda e entrega de consumo de terceiros, substância entorpecente que causa dependência física e psíquica, sem autorização e em desacordo com a determinação legal e regulamentar.

“Consta, outrossim, dos autos do I.P. 381/09 e respectivo apenso de interceptação telefônica, que, no período compreendido entre agosto de 2009 e novembro de 2010, nesta cidade, os acusados e outros estavam associados para a prática do crime de tráfico de entorpecentes”, continua o resumo da acusação publicada no edital.

Como se recorda, Luís Antônio Pereira, vulgo “Washington Peão”, de 36 anos de idade, que reside na rua do Pintassilgo, número 31, no Jardim Antônio José Trindade, conhecido por COHAB I, zona sudeste de Olímpia, foi preso temporariamente, no início da madrugada da quinta-feira, dia 11 de novembro de 2010, por volta da uma hora. “Washington Peão”, já havia cumprido seis anos de prisão por tráfico e estava em liberdade há cerca de três meses, quando foi preso.

Por questão de segurança, Washington Peão foi encarcerado na cadeia pública de Barretos, onde aguardava uma vaga no sistema penitenciário do Estado de São Paulo, mas, também no dia 11, só que de fevereiro deste ano, acabou fugindo junto com outros presos e encontra-se foragido até hoje.

O fato do qual está sendo acusado agora, de tráfico e associação ao tráfico, ocorreu no dia 27 de outubro por volta das 17 horas, quando foram presos em flagrante no bairro rural Campo Alegre, Roberto Gomes Ferreira, vulgo “Betinho”, de 30 anos; Fernando Silva Souza, vulgo “Da Gata”, de 33 anos; e sua esposa Roberta Juliana Correia, de 29 anos.

Os 84,5 quilos de maconha estavam em um barril de plástico enterrado próximo ao curral, onde os acusados embalavam a droga em tijolos para serem comercializados. Outra parte da droga foi encontrada no quarto do casal.

A apreensão da droga ocorreu graças ao trabalho de escuta telefônica da Polícia Civil de Olímpia, com o objetivo de prender “Washington Peão”, apontado como o comandante do tráfico em Olímpia .

Segundo o delegado Brocanello, “Washington”, comandava o tráfico em Olímpia, mesmo quando estava preso. As investigações já indicavam que existiam outras pessoas envolvidas com a quadrilha.

De acordo com informações que correm nos meios policiais, Washington, em suas ligações telefônicas que foram gravadas pela polícia, além de confirmar que a droga apreendida era sua, teria também comprometido seu advogado com o qual falava ao telefone.

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