Depois de dezesseis dias de investigação a equipe de investigadores do 1º Distrito Policial de Olímpia, comandados pelo delegado Eduardo José Vendramel, conseguiu esclarecer o mistério que envolvia o disparo de arma de fogo que atingiu cabeça do lavrador Otávio Aleixo dos Santos, de 56 anos, morador no jardim Santa Ifigênia. O disparo teria sido acidental de uma arma que estava sendo manuseada pelo lavrador Luís Carlos de Souza, de 25 anos, residente no Santa Ifigênia, no interior de um pomar de laranjas no sítio Santa Ana.

O disparo da arma aconteceu na manhã do último dia 10, quando o lavrador Aleixo declarou à polícia que o tiro teria sido disparado por um desconhecido quando ele estava em um ponto de ônibus na rua Saída da Fepasa, no jardim Santa Ifigênia. A princípio, o lavrador nem queria registrar a ocorrência. Ele havia sido levado até a Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, pelo seu patrão Luís Simonete.

No entanto, está versão não convenceu a polícia, tendo os investigadores do 1º Distrito Policial realizado diligências, para esclarecer o caso. Com isso, foi conseguida uma testemunha que contou aos policiais Landi, Denis e Juca, que o disparo teria sido acidental e no sítio Santa Ana.

Sendo assim, diante das evidências, a vítima acabou confirmando a nova versão. Ele justificou o fato de não ter contado a verdade anteriormente por querer proteger seu amigo, Luís Carlos Souza, que segundo ele é trabalhador e tem vários filhos para sustentar. O proprietário rural Simonete, declarou na polícia, que sua única participação no fato foi socorrer o seu funcionário que estava ferido e trazê-lo até a Santa Casa de Misericórdia de Olímpia.

Por outro lado, o autor do disparo Luis Carlos de Souza, deverá prestar depoimento na próxima semana. Com está nova versão, ele deverá ser indiciado por prática de lesão corporal culposa (sem intenção) e porte ilegal de arma. Já a vítima Aleixo, poderá, ser indiciado por falsa comunicação de crime.

Como se sabe, o projétil atingiu a cabeça do lavrador na região temporal direita, transfixou e se alojou no maxilar do lado esquerdo. Foi feita uma cirurgia para a retirada da bala. Aleixo, segundo consta, permaneceu lúcido durante todo o tempo.