Testes realizados recentemente indicam que o po­ço profundo perfurado na Estação de Tratamento de Água (ETA), do Jardim To­ledo, para buscar água do Aquífero Guarani, vai produzir aproximadamente 50% menos do que o que foi projetado pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE).

Inicialmente a expectativa era de extrair cerca de 300 metros cúbicos por hora e a testagem de vazão indicou a produção de apenas 160 metros cúbicos por hora.

A informação foi divul­ga­da na manhã da terça-feira, 19, quando o prefeito Fernando Cunha e a Superintendência de Á­gua, Es­goto e Meio Ambiente – Daemo Ambi­en­tal, convocaram uma coletiva de imprensa explicando a situação real do sistema de a­baste­ci­mento de água da Estância Turística de O­límpia.

Na ocasião, o geólogo Luiz Guidorzi (foto) explicou que o poço perfurado que estava projetado pelo DA­EE para produzir entre 300 e 350 metros cúbicos por hora, teve percalços inesperados que baixou a produção para 160 metros cúbicos por hora, segundo o resultado da produção testada.

Mesmo assim, ele não vê problemas e diz que o sistema vai conseguir atender as necessidades da cidade. “Não tenho dúvida nenhuma”, enfatizou lembrando que o objetivo é fornecer água para 100 mil habitantes com os três poços profundos, sendo dois novos e o aproveitamento do da Petrobras.

RIO CACHEIRINHA

Já sobre o poço ao lado do rio Cachoeirinha já perfurado e que agora está sendo encamisado e cuja água será armazenada na ETE do Jardim Luiza, que servirá para regularizar o abastecimento dos jardins Cecap e Santa Fé em definitivo. Isso porque a implantação do sistema de dutos deverá ser completada em aproximadamente 18 meses, ou seja, daqui a um ano e meio. Além disso, ainda precisará instalar um resfriador porque a água sai a 50 graus centígrados de temperatura.

No entanto, mesmo assim, prefeito garante que não faltará água nos dois bairros. “A Daemo está trabalhando com afinco em soluções imediatas que já estão dando resultados”. Interligando rede com poço do Jardim Viva Olím­pia 2, onde foi construído um grande reservatório.

Segundo o engenheiro Walter Oliveira “esse poço tem 1,1 mil metros de profundidade. No início nós pegamos basalto a uns 30 metros, passamos e avançamos 812 metros e até os 1,1 mil metros onde é o arenito Botucatu. Nós já concluímos toda a execução da obra do poço. Agora es­tamos na fase só de limpeza, desenvolvimento e a instalação da bomba. Nós devemos começar a bombear água do poço com a bomba definitiva no máximo no começo de março”.

Para juntar essa água à re­de de abastecimento, no entanto, depende do restante da rede que vai até ao reservatório. Pela previsão deles (Daemo) em julho já estaria operando totalmente”.

“Não tenho dúvida (que vai resolver o problema da água de Olímpia) porque de acordo com o projeto do DAEE, tudo que estava previsto se confirmou na execução dessa obra, tanto em profundidade quanto em vazão previstos”.