23 de novembro | 2016

PF investiga possível crime de pedofilia que estaria sendo praticado em Olímpia

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A Polícia Federal (PF) está investigando a possível prática de crime de pedofilia que estaria ocorrendo em Olímpia. Para tanto, na manhã de terça-feira desta semana, dia 22, foi expedido mandado de busca e apreensão de computadores e mídias onde estaria armazenado conteúdo pornográfico infantil. No entanto, o nome do suspeito não foi divulgado pelo órgão.

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão da região de São José do Rio Preto, um deles em Olímpia, dentro da segunda fase da Operação Darknet, que investiga a participação de 67 pessoas na troca e na distribuição de fotos e vídeos com conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.

A ação, segundo a PF, tem o objetivo de combater uma rede de distribuição de pornografia infantil na internet. Porém, ninguém foi preso na região de Rio Preto.

A primeira fase da operação ocorreu em 2014 e teve dois mandados de busca em Rio Preto. Nesta terça-feira, cerca de 300 policiais federais cumpriram 70 mandados de busca e apreensão e de prisão em 16 Estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Pará e Amazonas.

O Estado de São Paulo foi o que registrou maior número de ações, com 19 mandados de busca e apreensão e uma prisão em flagrante. No Rio de Janeiro foram seis prisões, o Estado com o maior número de detidos. Também foram presos suspeitos em Pernambuco, Pará, Paraíba e Alagoas. “Temos pessoas que apenas consomem esse material, pessoas que trocam e consequentemente produtores desse tipo de material. Além disso, temos também os abusadores”, explica o delegado Fernando Casarin, da Delegacia da Polícia Federal de Porto Alegre. A PF já havia antecipado sete ordens judiciais para evitar o possível abuso sexual de crianças no Paraná, Distrito Federal e Rio de Janeiro.

O setor de inteligência da PF desenvolveu uma metodologia própria de investigação e ferramentas para identificar usuários da chamada Deep Web, considerado o lado obscuro da internet e um meio seguro de divulgação de conteúdos variados de forma anônima.

A Deep Web é um ambiente utilizado por criminosos porque impossibilita a identificação do ponto de acesso (IP), ocultando o real usuário que acessa a rede. Nesse tipo de rede é comum o cometimento de crimes, como venda de drogas, encomenda de assassinatos, tráfico de armas, pessoas e órgãos, além de diversos tipos de bizarrice sexual, como sexo com cadáveres, e outros grupos de automutilação e de discussão neonazistas e satanistas.

Essa é a terceira operação da polícia contra a pornografia infantil que atinge a região neste ano. Em maio e setembro, a Polícia Civil deflagrou ações contra o armazenamento e a divulgação de material de pornográfico.

No primeiro semestre, a denúncia de um hacker levou a Polícia Civil a desvendar um grande esquema na região de troca e armazenamento de fotos e vídeos com pornografia infantil. Oito pessoas foram presas em flagrante, cinco no Noroeste paulista.

Entre eles estavam um estudante de medicina de 23 anos, um diretor de ensino, um estudante de matemática e um estudante de Bady Bassitt. A operação foi chamada de Hacker do Bem.

Na segunda fase dessa operação, chamada de Peter Pan, 16 pessoas foram presas na região, sendo oito em Rio Preto. Entre os presos estão dois professores, um de informática, de Bálsamo, e um aposentado, de Cosmorama.

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