14 de maio | 2008

Parente de vítima fala em vingança contra autor do assassinato de casal

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Enquanto a polícia civil continua investigando qual ou quais seriam as causas do crime, o irmão mais velho da vítima Olício Borges Vilela, Antônio Borges Vilela, mesmo afirmando ser contrário a que se faça justiça com as próprias mãos, demonstra muita revolta com o que aconteceu e chega a falar até matar o acusado do crime, Nielson Rodrigo do Carmo, que continua preso na cadeia pública de Severínia.

“Pelo amor de Deus, não quero nem ver, não sei, eu pulo na garganta dele. Nossa Senhora, não quero nem ver porque não tenho condição de olhar na cara dele. Vi na televisão e tremi de chorar de raiva”, declarou durante uma entrevista que concedeu à Rádio Menina AM, na quarta-feira, dia 14.

E continuou: “Nem com uma criação você pode fazer o que fizeram com eles. Então, é uma coisa que sinto magoado demais. O que passa na nossa cabeça é que a polícia deixasse ele a vontade para nós porque não adianta.

Cadeia hoje, o preso … ele sabe o que é lá, porque cadeia hoje tem tudo. Ele é bem tratado, tem televisão, só basta ele se comportar e ele se comportou bem tanto é que saiu no Dia das Mães para visitar a mãe”.

Sobre o crime afirmou: “Não tenho nem palavras para falar porque ele acabou com nossa família que era muito unida. Somos em cinco homens e duas mulheres e nunca tivemos malquerença com ninguém e agora aconteceu um caso amargo desse, que nos derrotou a todos. Não temos nem condições de continuar a viver”.

Além disso, diz que ainda não entendeu porque o acusado foi até o local naquela noite, mas tem dúvida se seria apenas para roubar ou se tudo foi feito apenas por maldade. “Ele já tinha esse caso pensado. Tinha informação do meu irmão que ficava sozinho lá. É um lugar fora de mão porque não tem vizinho perto”, reforçou.

Antônio disse que conhece a família do acusado e aponta que se ele confessou porque haveria de negar depois. Ele não acredita que o acusado tenha agido sozinho para praticar os crimes e que tem certeza de que estava acompanhado.

Por outro lado, embora alguns policiais até acreditem que Carmo agiu sozinho, para outros, em razão dos vestígios na motocicleta usada no dia, como por exemplo, as marcas de sangue em dois capacetes, acreditam em pelo menos outro envolvido.

O motivo é outra situação intrigante que os policiais querem descobrir. Embora tenha, de certa forma, confessado o crime – voltou atrás depois – Carmo não informou o que o teria levado a matar.

Consta que a família das vítimas teria informado à Polícia que sumiram R$ 600 que estariam em poder do casal, sendo R$ 200 que pertenceriam ao homem e, outros R$ 400 que estavam com a mulher.

Por outro lado, o advogado contratado pela família de Carmo, que de acordo com o pai do acusado se trata de João Mineiro, da cidade de São José do Rio Preto, esteve na terça-feira, 13, na cadeia de Severínia, quando Carmo voltou a negar a autoria do crime, afirmado ser inocente.

Ainda segundo o pai, o advogado garantiu que entraria com pedido de liberdade provisória no fórum de Olímpia, prometendo, caso seja negado pela justiça local, recorrer ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

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