24 de fevereiro | 2024

Para médica dengue preocupa mais que Covid-19 em crianças

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EPIDEMIA EM ALERTA!
Pediatra alerta sobre o aumento da dengue e dá conselhos sobre a COVID-19 em crianças. Conselhos práticos contra a dengue e COVID-19 nas escolas e em casa.

 

A médica pediatra, Maria Carolina Holanda de Lima, destaca um preocupante aumento nos casos de dengue, ao passo que os casos de Covid-19 se mantêm estáveis. Em suas palavras, “a maior preocupação é com a dengue e suas complicações, como desidratação, especialmente em nossa cidade quente, e com sangramentos, dengue hemorrágica, que pode colocar a vida das crianças em risco”.

Maria Carolina observa que a dengue “está atingindo todas as faixas etárias, de crianças a idosos”. Ela aponta que a volta às aulas tem impactos distintos nas duas doenças. “No caso da dengue, a volta às aulas não tem influência, pois o foco do mosquito está, na maioria das vezes, nas residências. As escolas estão todas limpas e monitoradas”, explica. Por outro lado, “com relação às síndromes respiratórias, incluindo a Covid, a volta às aulas contribui para a disseminação”.

REPELENTES INDICADOS
PARA CADA FAIXA ETÁRIA

Para prevenir tanto a dengue quanto a Covid-19, a médica oferece conselhos práticos. “Primeiramente, o básico: combater o foco do mosquito, limpando e deixando a casa em ordem. Usar repelentes indicados para a faixa etária das crianças e manter hidratação adequada são fundamentais”, aconselha. Sobre as síndromes gripais, ela recomenda “evitar aglomerações, manter higienização das mãos com álcool gel, lavagem nasal com soro fisiológico”.

Sobre os sintomas, Maria Carolina faz uma distinção clara entre as duas doenças. “Na dengue, observamos febre muito alta, de difícil controle com antitérmicos, dor abdominal, vômitos, perda do apetite, dor de cabeça, dor no corpo. A criança que é ativa fica quietinha, não brinca, só quer ficar deitada”, descreve.

Para a Covid-19, os sintomas incluem “febre, dor de garganta, tosse, coriza”, mas, na dengue, “os sintomas são mais intensos, inclusive a febre é muito alta”.

EVITAR IDAS DESNECESSÁRIAS
AOS PRONTO-ATENDIMENTOS

Além dessas medidas preventivas, Maria Carolina enfatiza a importância do acompanhamento médico regular. “Fazer acompanhamento ambulatorial com o pediatra da criança para manter a imunidade dela em dia é crucial”, afirma, adicionando que é essencial “saber sobre a necessidade do uso de vitaminas ou suplementos, ou tratamento de uma doença que ela tenha como rinite, bronquite, asma, anemia, para fazer a prevenção adequada sem esperar o agravamento”.

Em momentos de epidemia, a pediatra aconselha calma e prudência. “Sempre muita calma nessas horas de epidemia, que estão lotando e sobrecarregando os PAs. Evitar idas desnecessárias em pronto atendimento é importante; por exemplo, no primeiro pico de febre, sem nenhum outro sintoma, não sair correndo. Tente medicar com dipirona, sempre dipirona não tem erro, nos casos não alérgicos, e observar os próximos sinais”, aconselha a médica.

A mensagem de Maria Carolina Holanda de Lima é clara: prevenção, observação atenta dos sintomas e acompanhamento médico são essenciais para proteger as crianças tanto da dengue quanto da Covid-19, evitando complicações e garantindo o bem-estar delas durante estes tempos desafiadores.

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