27 de janeiro | 2016
Olimpiense teria utilizado até plano de saúde de homônimo rio-pretense
Até o convênio médico do empresário Marcos Correia Silva, de 42 anos de idade, foi utilizado por um homônimo, na semana passada. Esse é apenas um dos problemas que o rio-pretense vem enfrentando desde setembro de 2014 quando começou a receber contas de um homem chamado Marcos Correia da Silva, que seria morador de Olímpia.
“O documento dele está com o mesmo CPF que o meu, mas os nomes de pai, mãe e data de nascimento são diferentes. Desde o final de 2014 eu tenho de correr atrás de contas que não foram feitas por mim”, afirmou empresário ao jornal Diário da Região, daquela cidade.
O empresário afirma que, só de uma empresa de telefonia, ele recebe pelo menos cinco ligações de cobrança por dia. “Ele comprou um carro financiado e fez conta de celular. Foram pelo menos sete compras diferentes. Até o meu plano de saúde ele usou e a cobrança veio aqui em casa”, acrescentou.
Além disso, o empresário rio-pretense também relata que, por ter o nome negativado pela agência bancária onde movimenta seu dinheiro, já encontrou problemas até no trabalho.
“Já tive meu nome negativado várias vezes e isso prejudicou meu trabalho. Tenho uma empresa e até o meu limite especial no banco foi reduzido. Quem não sabe da história não acredita que essas dívidas não sejam minhas”, disse ao jornal.
Ter nomes iguais no mesmo círculo de amizade geralmente é motivo para brincadeira e criação de apelidos. Mas quando essa similaridade envolve um desconhecido e se estende também para o segundo nome e sobrenome pode virar dor de cabeça e até problema judicial.
Em Rio Preto há pelo menos 49 processos movidos por rio-pretenses tramitam no Tribunal de Justiça. Trata-se de uma situação que mostra que ter homônimo nem sempre é um bom negócio.
Entretanto, quem tem o nome negativado indevidamente ou recebe cobranças de outra pessoa com o mesmo nome deve imediatamente procurar a empresa que fez a confusão.
Caso o problema não seja resolvido, o segundo passo é registrar um boletim de ocorrência para preservação de direitos. É o que orienta a advogada Venessa Pereira ao jornal Diário da Região de Rio Preto.
“Geralmente a própria empresa verifica o erro quando a vítima apresenta seus documentos originais. Eu mesma já tive o nome negativo por uma locadora de carros do Paraná e resolveram meu problema quando entrei em contato com eles”, disse.
Já quando a pessoa tem o nome negativado por um longo período ou o erro no envio de cobranças ou a negativa de benefícios persista, a advogada afirma que a vítima pode mover uma ação na Justiça pelos danos materiais e morais sofridos.
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