22 de julho | 2010

Olímpia poderá sofrer saturação de ozônio

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De acordo com o gerente da regional de São José do Rio Preto, da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), José Benites de Oliveira, Olímpia e mais 18 cidades da região estão com o ar em vias de saturação de ozônio, segundo estudo do órgão.


Os efeitos na população são ardência dos olhos e irritação da pele. O gerente afirma que a maior parte da concentração de gás nos municípios é resultado da emissão de poluentes de veículos e caldeiras de empresas, não havendo nenhuma relação com as queimadas.

“Muitos pensam que as queimadas têm interferência, mas é o contrário. Como ainda não estamos com o ar saturado, a população não nota grande mudança quando respira”, disse Oliveira.

O período de maio a setembro, segundo ele, é o mais crítico para a população, que já consegue identificar os sintomas da saturação. “Quando chove e venta mais, diminui o índice de ozônio e, por isso, a sensação do ar melhora”, acrescenta.

Oliveira disse que ainda não é possível prever se essa situação vai piorar. A estação que avalia a qualidade do ar está em funcionamento há dois anos e só terá uma projeção da gravidade daqui a três anos.

Benites acredita que para diminuir os índices de saturação é preciso eliminar a emissão de poluentes. “É preciso ter responsabilidade com o meio ambiente, senão no futuro as gerações vão sofrer com doenças”, avisa.

Além de Olímpia, as cidades avaliadas são Bady Bassitt, Bálsamo, Cedral, Guapiaçu, Ibirá, Ipiguá, Jaci, Mirassol, Mirassolândia, Monte Aprazível, Neves Paulista, Nova Aliança, Nova Granada, Onda Verde, Potirendaba, São José do Rio Preto, Tanabi e Uchoa.

O QUE É
Pesquisa realizada na Internet, aponta que ozônio é um gás (composto molecular de fórmula O3), formado a partir do rompimento das moléculas de oxigênio pela ação da radiação ultravioleta do Sol. Nesta situação, os átomos separados se combinam com outras moléculas de oxigênio, formando assim o ozônio.

O ozônio possui cor azulada e forma uma camada (ozonosfera) ao redor do planeta Terra numa altitude de 16 a 30 km (na estratosfera). Esta camada de ozônio serve para absorver a radiação ultraviolenta proveniente do Sol, protegendo, desta forma, os seres vivos que habitam o planeta. Sem esta proteção, os raios solares seriam extremamente nocivos aos seres humanos.

Na década de 1980, surgiu no meio científico uma preocupação com buracos que estavam se formando na camada de ozônio. Estes eram provocados, principalmente, pelo uso em grande quantidade de produtos com CFCs (clorofluorcarbonos). Estes gases eram muito utilizados em sprays e geladeiras. Atualmente, a indústria química tem diminuído significativamente o uso de CFCs.

O gás ozônio é muito utilizado na indústria química. Como possui uma boa capacidade oxidante, costuma ser misturado a outros gases. O ozônio também possui ação germicida, logo é muito utilizado para tratamento de água (desinfecção de água potável e manutenção de piscinas).

Na troposfera (camada mais próxima da superfície terrestre), o ozônio torna-se poluente. Em grande quantidade, pode provocar problemas respiratórios nas pessoas e danificar plantas. O ozônio é liberado, principalmente, por motores movidos a combustíveis fósseis.
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