03 de novembro | 2013

“Olímpia/lixo” é 3.º entre maiores valores de eventuais propinas

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Com a denominação “Olímpia/lixo” o município de Olímpia é o terceiro maior valor de pagamentos de eventuais propinas descobertos pela Operação Fratelli – irmãos em italiano – esquema que foi desbaratado no dia 9 de abril de 2013, numa operação conjunta envolvendo o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), de São José do Rio Preto, Ministério Público Fe­deral (MPF) de Jales e Polícia Federal (PF).

Com o total de R$ 239 mil, segundo número do jornal Diário da Região, de Rio Preto, o município de Olímpia perde apenas para o DER (Departamento de Estradas de Rodagem), empresa pública pa­ra a qual teriam sido destinados R$ 635 mil; e o deputado estadual Itamar Borges, mais votado em Olímpia em 2010, que, segundo o entendimento das investigações, teria levado R$ 267 mil.

O valor apontado pelo jornal rio-pretense é R$ 20 mil maior do que o apurado pela reportagem desta Folha. Consta que ao jornal o prefeito Eugênio José Zuliani diz que não faz ideia do que são as menções a Olímpia encontradas na planilha de Olívio – responsável pela coleta de lixo na cidade por intermédio da empresa MultA­m­biental, num contrato de cerca de R$ 2,5 milhões mensais.

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e o nome i­den­tificado como Itamar que o Mi­nistério Público suspeita ser o deputado estadual Itamar Borges (PMDB) – aparecem como primeiro e segundo colocados, respectivamente, no ranking de pagamento de suposta propina encontrada em planilha apreendida com o chefe da Máfia do Asfalto, Olí­vio Scamatti, preso desde abril acusado de fraude em licitação.

Ao longo das centenas de pagamentos listados na planilha o DER aparece em pelo menos 18 oportunidades que somam R$ 635 mil. São citados os departamentos de Rio Preto, Barretos e Presidente Prudente, além de um engenheiro identificado como Pedro.

Procurado pela reportagem do jornal, o DER disse que desconhece o suposto esquema de propina apontado nas regionais do órgão, mas que está “à disposição” das autoridades para esclarecimentos.

O mesmo ocorre com o Itamar citado por Olívio. São 12 menções ao nome que – suspeita-se – seria do deputado estadual do PMDB de Santa Fé em pagamentos que totalizam R$ 267 mil entre janeiro de 2011 e abril de 2013, quando foi deflagrada a operação que desmantelou a chamada Máfia do Asfalto.

 

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