Os problemas de saneamento básico em Olímpia vão além do tratamento de esgoto que dever ser considerado ainda apenas parcial. Isso porque o município é o sétimo da região noroeste com maior quantidade de fossas rudimentares para estocar dejetos produzidos nos sanitários. Segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são pelo menos 488 casas que usam esse sistema.

Mas isso não quer dizer que todas essas residências utilizam as chamadas privadas de buraco. Muitas utilizam as chamadas privadas patentes – maneira antiga de classificar os vasos sanitários – mas construindo uma fossa no quintal.

O problema é que na maioria dos casos, segundo especialistas, as famílias instalam no mesmo terreno a fossa e o poço artesiano, a principal fonte de água. Sem os chamados cuidados mínimos, há risco de contaminação do lençol freático ou das próprias cisternas e, se isso acontecer, de transmissão de doenças, como hepatite A. rotavírus e parasitas intestinais.

Outro problema é que mesmo que o morador adote cuidados, como construir fossa e cisterna afastadas, usar cloro e impermeabilizar as paredes do reservatório de dejetos, nem sempre o vizinho faz o mesmo.

De acordo com um levantamento mostrado pelo jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, as 10 cidades mais populosas da região noroeste, incluindo Olímpia, abrigam juntas 11.141 moradias que têm fossas rudimentares.

Se cada casa abrigar três moradores, são pelo menos 30 mil pessoas sem saneamento básico. Rio Preto, até por ser a mais populosa, é a que abriga mais casos: 5.132. Depois, aparece Barretos, com 1.069; José Bonifácio, 1.034.

Também entre as 10 estão: Jales (927), Votuporanga (829), Novo Horizonte (636), Mirassol (379) e Catanduva (298).