14 de agosto | 2017

Olímpia é 5.º colocado em queimadas na região noroeste

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De acordo com o sistema de monitoramento de queimadas por satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o município de Olímpia é o quinto maior em número de queimadas na região noroeste. Segundo os números divulgados no final do mês de julho, o satélite registrou o total de 81 ocorrências de focos de incêndio a partir do mês de janeiro.

Com esse total, Olímpia foi melhor apenas que Barretos, cidade com mais focos de incêndio neste ano (166), seguida por Pereira Barreto (91), Bebedouro (88), Santa Adélia (86) e São José do Rio Preto (56).

Só para ter uma ideia, somente na tarde do dia 31 de julho, uma segunda-feira, por exemplo, o sistema mostrava 10 focos de incêndio em Olímpia, a quarta cidade do Estado de São Paulo que mais registrava queimadas no dia.  

O mapa de monitoramento serve para o combate feito pelos bombeiros e para fiscalização da Polícia Ambiental. Por ele, é possível ver em tempo real onde estão ocorrendo os incêndios.

No mapa constava ainda um incêndio de grandes proporções entre Rio Preto e Mirassol e que a umidade relativa do ar estava baixa, 30%, aproximadamente, com a qualidade do ar estava moderada.

Há exatos 83 dias sem chuva, a cidade sofre com um ar ruim e seco. Não bastasse a poeira, a região registra em média dez focos de incêndio por dia, o que piora a qualidade do ar.

Além de poluir, a fumaça provoca a irritação nos olhos e no sistema respiratório, podendo chegar a causar lesão grave no pulmão.

Por outro lado, o sistema de monitoramento de queimadas registrou neste ano, até o dia 31 de julho, o total de 2.273 focos de incêndio, número considerado alto e preocupante pela Polícia Ambiental.

“Nesse período de estiagem tem a combinação da baixa umidade relativa do ar, poucas chuvas e muito vento, o que favorece os incêndios. Os danos vão desde a piora na qualidade do ar até ao acabamento de mas­sivos florestais”, afirmou ao Diário da Região, o capitão Alessan­dro Daleck, da Polícia Ambiental de Rio Preto. O mapa de queimadas do Inpe mostra fogo na área de Mata Atlântica e cerrado, portanto não contabiliza os incêndios em terrenos da área urbana.

Além disso, o mapa do Inpe contabiliza todos os focos de fogo em mato, mas não faz diferenciação se é incêndio ou queimada. Incêndio é quando uma área pega fogo sem que alguém tenha a intenção, o que acaba ficando fora de controle. Já as queimadas são controladas com algum objetivo em específico. Apesar dessa diferenciação, em ambos os casos os danos à saúde são os mesmos, segundo o pneumo­logista João Batista Salomão.

“A fumaça tem efeito nos olhos, causando conjuntivites. No sistema respiratório produz irritação, agravando doenças como rinite e bronquite”, disse. O especialista ainda alerta para o risco de intoxicação. “O correto é ficar longe dos incêndios. Quando isso não é possível pode ser usado um pano úmido no rosto para poder evitar o contato com a fumaça. A fumaça pode causar intoxicação e com isso graves lesões nos pulmões”, afirmou o médico.

 

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