30 de junho | 2011

Olímpia é 24.º no Índice Brasil de Cidades Digitais

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Ocupando a 24.ª colocação, o município de Olímpia é um dos dois da região noroeste paulista, incluídos no Índice Brasil de Cidades Digitais, trabalho realizado pela Momento Editorial em parceria com a fundação CPqD, com o objetivo de identificar as localidades brasileiras com maior acesso à tecnologia da informação. Junto com Sud Menucci, Olímpia, está entre as 75 cidades incluídas no estudo, ambas no nível Telecentro.

A pesquisadora Graziela Bonadia, do CPqD, explicou ao Diário da Região de São José do Rio Preto, que foi criada uma metodologia que considera uma série de critérios, divididos em nove categorias, relacionados não só à infraestrutura tecnológica (presença de equipamentos primários, banda, cobertura geográfica, etc), mas também à disponibilidade de serviços digitais e até de recursos de acessibilidade, por exemplo, para pessoas com deficiências físicas ou analfabetas. “Com base nessas categorias, espera-se que a cidade observe em que nível está, onde e como pode investir para melhorar e chegar a um nível mais alto de cidade digital”, acrescentou.

De acordo com a CPqD, a partir desses critérios foi gerado um questionário com 15 perguntas, que foram respondidas por mais de cem municípios, de todas as regiões do Brasil. O que pode explicar a ausência de Rio Preto do ranking é o fato de a cidade não ter respondido a pesquisa.

Do total de questionários respondidos, 75 foram validados pela equipe da Momento Editorial e do CPqD, após checagem dos dados e seu cruzamento com informações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

A metodologia também estabelece um sistema de pontuação para cada categoria de critério. São seis níveis, em ordem crescente de graduação: acesso básico, telecentro, serviços eletrônicos, pré-integrado, integrado e pleno.

Olímpia e Sud Menucci ocupam a categoria Telecentro, o nível dois, considerado baixo entre os seis da pesquisa. Segundo Graziela, significa que nesses municípios o acesso à internet é limitado, não há cobertura total nos centros de acesso público (não apenas serviços de governo, mas também lan houses), a velocidade de acesso domiciliar é limitada, entre outros.

 

“De uma maneira geral, a pontuação é boa, já que a maior parte dos municípios brasileiros não consegue pontuar no primeiro nível porque não tem os equipamentos primários, como informatização da prefeitura, das secretarias e das escolas”, afirmou.

Ainda que seja um desempenho positivo, Graziela ressalta que o caminho para a consolidação dessa situação de cidade digital ainda é longo, como aumentar o acesso à internet, ter softwares com linguagem acessível a quem tem mais dificuldade.

Olímpia obteve uma baixa pontuação na categoria acessibilidade, ou seja, softwares e hardwares em telecentros e lan houses que permitem acesso de pessoas com necessidades especiais. Sud Menucci aparece bem nos dois quesitos, mas tem baixa pontuação em velocidade de acesso e acesso individual (domiciliar).

 

Os municípios mais avançados em digitalização ocupam as quatro primeiras posições do ranking: Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Vitória (ES).

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