01 de dezembro | 2013

Obra de Prefeitura local continua exterminando nascente do “Poção”

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A situação já foi mostrada por reportagem desta Folha da Região. Já ganhou repercussão regional através de uma emissora de televisão e até nacional via redes sociais na internet. Mas o problema continua. Isso porque uma obra contratada pela Prefeitura Municipal de Olímpia para construção de casas populares continua expulsando algumas nascentes de água que ainda insistem em resistir na zona leste da cidade.

O que a reportagem apurou no final da tarde desta sexta-feira, dia 29, é que continuam depositando entulhos no córrego que ficou conhecido por “Riacho do Poção”, chegando inclusive ao ater­ramento de aproximadamente 40 metros a partir da cabeceira da mina.
 

Em setembro o secretário municipal de Obras e Serviços, engenheiro Renê Alexandre Galetti, respondendo à reportagem desta Folha, chegou a explicar que os entulhos continuariam sendo depositados, inclusive pela própria Construtora Pacaembu, mas com a promessa de que alguma coisa seria realizada para preservar as nascentes.

“Da mina para cima é para ser aterrado. Nós não paramos de jogar entulhos ali. Nós vamos continuar. A gente só suspendeu”. No entanto, até agora não se percebe nenhuma ação conservadora.

Na ocasião da entrevista, o secretário culpou a população pelos estragos que já tinham sido verificados. Isso porque, segundo ele, os caçambeiros selecionavam o material jogado ali retirando madeiras, por exemplo.

“Mas infelizmente pela cons­cientização da população, a população achou que a Prefeitura estava fazendo um lixão ali. Então, o pessoal ia fora de horário e acabou virando baderna. Nós fechamos e vamos jogar lá naquele buraco o entulho da Pacaembu que está sobrando da obra”, afirmou na ocasião.

Junto, inclusive, informou que havia um Termo de Conduta de Recuperação Am­biental, que chama de TCRA, com a Cetesb, feito na Aprovação (TCRA), do lotea­mento firmado com a mesma Cetesb, que prevê que se o que considera apenas uma vala não provocada pela erosão for fechada, as casas não poderão ser entregues. “Infelizmente a população acha que é um lixão e vai lá e joga qualquer coisa, joga sofá velho, joga lata”, insistiu culpando a população.

De acordo com Galeti, se trata de uma erosão que não é um processo natural, mas pro­vocada pelo homem “e foi se estendendo até que lá no meio surgiu uma mina”, justificou.

DENÚNCIA

Como se recorda, esta Folha mostrou que algumas nascentes que segundo informações de pessoas que frequentam o local há várias décadas, estão sendo extintas para favorecer uma obra para construção de casas na zona leste de Olímpia.

A denúncia chegou à redação do jornal trazida por Miguel Arcanjo, conhecido por Tamanduá, que era morador do Jardim Paulista, próximo do local que diz conhecer desde pequeno, onde inclusive nadava com os amigos.

As nascentes estão bastante próximas da área onde estão sendo construídas as casas populares do Jardim Harmonia. Matando essa nascente vai atingir até o córrego dos Pretos, que deságua no rio Cachoeirinha.

 

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