13 de março | 2007

Mulheres assimilam vida profissional com trabalho no lar

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 Mesmo sem uma manifestação específica pela passagem do dia oito de março na quinta-feira desta semana, as mulheres olimpienses entrevistadas pela reportagem desta Folha, embora demonstrem o poder de assimilação entre a vida profissional e o dia-a-dia do lar, ainda esperam por mais conquistas na competição acirrada a que, em alguns casos, são expostas.

Para a professora Rosimeire Aparecida de Souza Sanchez, 34 anos, por exemplo, as mulheres já conquistaram espaço na sociedade, porque muitas não trabalhavam, porque tinham que cuidar da casa, dos filhos: "Hoje já mudou um pouco e já saem para o trabalho".

Porém, mesmo com a possibilidade de sair para o trabalho, há casos, como aponta a advogada Priscila Carina Vitorasso, 29 anos, que há ainda muito a ser conseguido: "Queremos ser tratadas com respeito e dignidade e muitas vezes sinto que isso falta, principalmente na minha profissão".

A necessidade de continuar lutando por novas conquistas é ressaltada pela médica Nely Spegiorin Rimoli, 47 anos: "é porque se acomodou e parou de ter perspectiva de vida, de almejar progresso e de querer melhorar a situação".

Dividir o dia-a-dia entre a vida profissional e a familiar é fundamental para as mulheres usufruírem das liberdades obtidas. Porém, é neste ponto que surgem as maiores dificuldades e uma das principais necessidades: conseguir que os companheiros dividam as obrigações do lar e ajudem nos trabalhos domésticos.

E a falta dessa coordenação entre mulheres e homens, ou seja, entre companheiras e companheiros, surge fortemente na avaliação da advogada Carmen Silvia Costa Ramos Tannuri, que acredita que a liberdade e direito de escolha são fundamentais para a auto-estima das mulheres.

Conseqüentemente, vejo a mulher de nossos dias como heroína das histórias em quadrinho, a "Mulher Maravilha" (sic), um pouco cansada, porém digna, altiva, consciente que é uma peça importante e insubstituível na sociedade, mas que necessita continuar guerreando para cada vez mais fazer prevalecer seus direitos".

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