20 de novembro | 2011

Muitos mutuários demonstram medo de reclamar publicamente

Compartilhe:


Provavelmente em razão das últimas reações do prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, muitos mutuários demonstraram que estavam com medo de reclamar pelo menos publicamente. A Folha apurou que a maioria preferem permanecer no anonimato ou mesmo não se manifestar, embora relacionem vários problemas que encontram em suas casas.

As reclamações mais frequentes eram de que faltava acabamento em beirais de portas e janelas, portas e janelas que não fechavam, falta de tomadas, vazamento de água na laje, possivelmente por falta de regulagem na boia da caixa d´água, pisos mal colocados, além de paredes ainda sem pintura, tortas ou sujas.

Por outro lado, na manhã de domingo havia cheiro de esgoto vindo da lagoa de tratamento que fica próximo ao residencial, nos outros dias da semana não notava se havia cheiro, situação que não foi encontrada, talvez em razão do horário, quando da visita realizada na quinta-feira, dia 17.

Mas em conversa com pelo menos 15 mutuários, eles afirmaram que depararem com vários pequenos detalhes que necessitavam de reparos, mas que a Pacaembu estava atendendo a todos com eficiência e rapidez. Até por isso, não gostariam de registrar queixas ao jornal. Somente dois mutuários quiseram gravar entrevista.

CORAGEM DE FALAR

Um deles foi o agricultor Romualdo Ferreira de Souza (à direita), que pegou a casa da Rua Antônio Magro, 289, reclamava principalmente das portas. "As portas não param abertas. O acabamento está muito mal feito, por fora, a pintura só deu uma demão e a laje está toda cheia de furinhos", contou.

Souza encontrou problemas também para a ligação da energia elétrica porque a construtora não colocou a fiação externa. "A CPFL ligou o relógio, mas não tem fio que ligue para dentro de casa", reclamou. Já a porta da cozinha, que foi colocada fora de esquadro, raspava o piso quando era aberta. "Não abre folgada. Foi colocada forçada", acrescentou.

Outro mutuário que falou para a reportagem foi o mecânico Luiz Gustavo Rodrigues (foto acima), que pegou a casa na Rua Nicolau Mialichi, número 109. O imóvel, segundo ele constatou, foi entregue com paredes tortas, mal acabadas e até janelas desalinhadas. "Tem todo tipo de defeitos que você puder imaginar. É a famosa casinha dos três porquinhos", ironizou.

"É uma situação frustrante, porque você entra num programa que você acredita que será beneficiado e só encontra problemas. Acredito que o trabalho não foi fiscalizado", acrescentou.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas