22 de junho | 2009

Morre José Junqueira, com 100 anos, último constitucionalista de Olímpia

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Poucos dias após comemorar seu centésimo aniversário, na sexta-feira, dia 19, um dos expoentes da história de Olímpia, o funcionário aposentado da CPFL, José Junqueira. De acordo com o vereador Luiz Antônio Moreira Salata, presidente da Sociedade Veterena de 32 MMDC, no Núcleo Luiz Salata Neto, era o último combatente da Revolução Constitucionalista de 32, que estava vivo na cidade.

“Deixa uma grande lacuna, porque ele, com 100 anos completados no último dia cinco, representa sempre um vigor de combatente, de determinação dos paulistas. O seu Junqueira, em 1932 residia na região de Bragança Paulista e, na época, se alistou como soldado voluntário no batalhão de Campinas. Ele também participou ativamente de todos os ciclos da cidade”, comentou Salata

E acrescentou: “A gente fica entristecido com a falta dele, mas nós vamos levar em frente o evento de um homem que merece todo o nosso respeito, não só por ser olimpiense e rotariano, um dos fundadores do Rotary de Olímpia, ele também foi provedor da Santa Casa, mostrando que ele participou de todos os movimentos não só cívicos da revolução de 32, mas sempre deixando ele como exemplo, vivendo na plenitude, participando ativamente como benemérito da cidade, então estamos emocionados, então a gente deixa a mensagem, da lembrança do vigor do Junqueira”.

HISTÓRIA

Nascido no dia 5 de junho de 1909, na cidade de Jaboticabal, onde começou a trabalhar na CPFL, Junqueira chegou à cidade de Olímpia em março de 1936, onde assumiu a gerência da empresa, depois de passar pelas cidades de Araraquara e Nova Granada.

No ano de 1937 casou-se com a professora Leonor Martin, com quem teve os filhos Ney (advogado), Marina (professora) e Luiz (engenheiro) e ex-superintendente geral do DAEMO (Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia).

Na função de gerente da CPFL trabalhou muito para implantar iluminação pública nos bairros da cidade, principalmente, no Jardim Santa Ifigênia. No ano de 1975, foi membro da comissão do Festival do Folclore (Fefol). Foi também provedor da Santa Casa de Olímpia, conseguindo trazer para a cidade um aparelho de raio X.

Participou da diretoria do extinto Clube 9 de Julho, antigo Mosqueteiro. Participou da primeira reunião para a fundação do Clube de Campo Álvaro Brito, no dia 6 de setembro de 1958 e participou da inauguração do mesmo dia 7 de setembro de 1962. Juntamente com outros companheiros criou a Guarda Mirim da cidade de Olímpia.

Ainda com outros amigos criou a banda de música da cidade que atuou sob a regência do maestro Vicente Delamanha. Foi membro da Ordem dos Cavaleiros do Rio Grande. No ano de 1951, por ato do juiz de direito, José Manoel Arruda, foi superintendente da eleição de

Monte Verde. No ano de 1966 foi designado pela Secretaria de Justiça, a pedido do juiz da comarca, para o cargo de juiz de casamentos.

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