24 de abril | 2018

Morador de Olímpia morre na Santa Casa de Barretos com suspeita de febre amarela

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O morador de Olímpia Paulo Alencar de Souza, 47 anos, faleceu na madrugada de sábado no hospital da Santa Casa de Barretos, com suspeita de febre amarela. Segundo seu irmão,  Nelson Cesar de Souza, também morador em Olímpia, contou no plantão policial de Barretos, Paulo, que era motorista e residia no bairro Tropical II, veio a óbito após ter dado entrada na Santa Casa de Barretos.

Segundo ele, o irmão foi transferido para Barretos com suspeita de estar com febre amarela ficando internado na sala de emergência do hospital. Por volta das 4h30, do sábado ele teria sofrido uma parada cardíaca indo a óbito.

A secretaria de Saúde de Olímpia, em nota à imprensa, confirmou a morte de um morador olimpiense de 47 anos, no último sábado, 21, cujo caso está sendo investigada pelo setor de Vigilância Epidemiológica do município.

Segundo a nota, o morador foi atendido na UPA de Olímpia no dia 15 de abril e encaminhado para a Santa Casa local, onde foram realizados exames para diagnosticar Dengue, Chikungunya, Hepatite, Leptospirose e Febre Amarela.

No dia 20, ainda segundo a nota, devido a piora do quadro clínico, o mesmo foi transferido para a Santa Casa de Barretos, onde veio a falecer. “Os exames estão sendo acompanhados pelo GVE- Grupo de Vigilância Epidemiológica de Barretos e os resultados devem sair num prazo de 30 dias”.

O município ressalta que, apesar de não ter a confirmação sobre a causa da morte, está tomando todas as medidas cabíveis para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, inclusive com o bloqueio e a nebulização do bairro em que o paciente residia.

Olímpia apresenta, este ano, 17 casos positivos de dengue, sendo 4 importados. Sobre Febre Amarela, não há registros de casos positivos da doença em humanos há décadas e macacos, que são os principais hospedeiros do vírus, nunca foram diagnosticados com a doença no município.

FEBRE AMARELA

Segundo o site da Fiocruz, na internet, a febre amarela ocorre nas Américas do Sul e Central, além de em alguns países da África e é transmitida por mosquitos em áreas urbanas ou silvestres. Sua manifestação é idêntica em ambos os casos de transmissão, pois o vírus e a evolução clínica são os mesmos — a diferença está apenas nos transmissores. No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus e do gênero Sabethes. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue). A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra ela circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano. Além do homem, a infecção pelo vírus também pode acometer outros vertebrados. Os macacos podem desenvolver a febre amarela silvestre de forma inaparente, mas ter a quantidade de vírus suficiente para infectar mosquitos. O macaco não transmite a doença para os humanos, assim como uma pessoa não transmite a doença para outra. A transmissão se dá somente pelo mosquito. Os macacos ajudam a identificar as regiões onde estão acontecendo a circulação do vírus. Com estes dados, o governo distribui estrategicamente as vacinas no território nacional.

Sintomas

A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores. Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.

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