Os médicos que atuam na Santa Casa de Olímpia fizeram um abaixo assinado com 27 assinaturas numa forma de desagravo em favor do anes­tesista Luís Henrique Vi­cen­te, que é conhecido popularmente por Rico e repudiando as manifestações da também anes­tesista Thalita Lima Ezarchi que teceu críticas ao seu companheiro de trabalho na edição passada deste jornal.

Embora não haja indícios de quem tenha encabeçado o desagravo, a lista de assinaturas foi aberta pelo diretor clínico Nilton Roberto Martinez. As críticas foram feitas quando afirmava que em momento algum tinha pedido demissão do hospital, mas que o objetivo era receber e voltar a trabalhar.

Além disso, contou que modernizou o sistema de anestesia que era utilizado quando chegou, porque era bastante ultrapassado e que a participação de Rico em um congresso seria um trabalho de incentivo que teria realizado ao lado de Martinez.

“Nós médicos que a este subscrevemos, conhecendo da matéria pública no jornal Folha da Região de Olímpia, edição do dia 26 de setembro de 2015, inconformados como seu contexto, vimos consignar o seguinte”, abrem o desagravo público.

No desagravo os médicos que também tem pagamentos atrasados para receber, afirmam reconhecer as dificuldades financeiras “que sempre sujeitou a Santa Casa de Olímpia diante dos parcos recursos advindos dos órgãos governamentais, em especial os repasses do SUS, cujos valores não têm reajustes há mais de dez anos”.

Também fala do reconhecimento às dificuldades enfrentadas pela diretoria e os esforços para melhorar os atendimentos prestados, elogiando o empenho e o trabalho prestado pelos diretores.

“Refutamos as agressões gratuitas perpetradas contra a (…) Santa Casa de Olímpia e, em especial, ao (…) médico anestesista Luiz Henrique Vicente”, citam.

“Refutamos as inverdades narradas por entrevistada pessoal na referida matéria em que coloca em dúvida a idoneidade e capacidade do corpo clínico da Santa Casa de Olímpia, a qual é referência regional em média complexidade, a qual atende com alta reso­lutividade os casos clínico-cirúrgicos que lhes são apresentados”, reforçam.

Também “refutamos as informações de que a Santa Casa de Olímpia usa ou usava medicamentos ultrapassados, na medida em que se fosse não estariam estes à venda no mer­cado, sendo que inclusive para os atendimentos do SUS o hospital disponibiliza os melhores medicamentos e insumos cirúrgicos”.

Os médicos também refutam as informações de que “nossos equipamentos estão sucateados e desatualizados”, afirmando que o hospital está dotado de “modernos equipamentos, com tecnologia de última geração, principalmente cirúrgicos, permitindo o perfeito atendimento do paciente”.

Por outro lado, contestam “a informação de que os médicos do corpo clínico estão acostumados ao pior, pois todos envidam esforços para manter-se atualizados” participando de cursos e congressos médicos.

“Enfim, diante da lastimável conotação apresentada na entrevista inserida no jornal Folha da Região a que ora nos referimos, tornamos público nosso respeito e confiança no médico Luiz Henrique Vicente e sen­timo-nos seguros com as atividades desenvolvidas pela Santa Casa de Olímpia em especial com a alta resolutividade das aproximadas 350 cirurgias mês, principalmente sem qualquer notícia de infecção hospitalar ou morte na sala de cirurgia, refletindo, portanto, a segurança de nossos atos anestésicos. Fica, por esta manifestação, desagravado o Dr. Luiz Henrique Vi­cente e a S. Casa de Olím­pia das intempéries traduzidas pela entrevistada na matéria jornalística em apreço”.