24 de julho | 2017

Médico localiza bala no corpo de “Laércio Peão” e afirma que alta será esta semana

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O médico-cirurgião Nilton Roberto Martines informou por volta de 12 horas da segunda-feira, 24, que o seu paciente Laércio Marques, vulgo Laércio Peão, que passou por várias cirurgias após levar dois tiros no tiroteio da terça-feira, 11, em frente à casa seu patrão, o corretor de imóveis Euripedes Augusto Mello, o Euripinho, que reagiu à bala à presença de “cobradores” de uma dívida de R$ 300 mil, deverá ter alta até quarta, a não ser que algo muito excepcional aconteça.

Martines passou a informação inicial no domingo, após ter realizado exames pra localizar as balas que teriam atingido o abdômen e a boca do funcionário de Euripinho. “Hoje localizamos e retiramos o projétil de arma de fogo na região toraco-abdominal anterior a direita. A do pescoço saiu no dorso”, afirmou.

Por outro lado, o médico garantiu que até quarta-feira deverá retirar os pontos das suturas que foram feitas em Laércio e a não ser que algo de muito excepcional aconteça, ele terá alta hospitalar neste dia.

Laércio está com prisão preventiva decretada e assim que receber alta deverá ser encaminhado para o CDP – Centro de Detenção Provisória de Icém, onde estão os também funcionários de Euripinho, Elton Albertino e Paulo Sérgio Vieira.

O médico cirurgião Nilton Roberto Martines, que cuidou de Laércio, na manhã da quarta-feira, 12, um dia após os fatos, já estava otimista com o estado de saúde do funcionário do corretor de imóveis, Euripedes Augusto Mello, que foi para a cadeia na tarde de sábado, 22, mas não tinha encontrado os projéteis. Segundo ele, esta seria a última parte do tratamento, que aconteceu agora.

O paciente, no caso o Laércio, chegou com um ferimento na região tórax abdominal à direita, sangrando muito e tinha um ferimento na face também. “Iniciei imediatamente a cirurgia e houve duas costelas quebradas, estraçalhou o fígado. Foi um projétil de alta potência. Para fazer o estrago que fez é uma arma bem potente”.

“A minha finalidade era coibir a hemorragia, porque é isso que mata e nisso percebi que tinha um sangramento intenso na boca. Chamei o meu filho Fábio, estava na cirurgia do abdome com o médico Henrique Louzada e o acadêmico Guto Ceron que faz estágio aqui com a gente”, continuou.

“Vimos que tinha fraturas na mandíbula e no maxilar e a bala tinha atravessado na garganta e seccionado a língua. Por sorte, o médico Matheus, que é otorrino, estava atendendo aqui e acionamos ele imediatamente. Ele e o Fábio começaram  a realizar a cirurgia da parte oral do paciente. Enquanto o Matheus terminava, o Fábio fez um acesso central, uma veia profunda para que a gente pudesse estabilizá-lo e manter a pressão do paciente. Terminamos a cirurgia, drenamos o tórax e fizemos uma radiografia de controle, porque naquele momento era importante parar o sangramento, corrigir as lesões para depois procurar a bala. Fizemos um raios X e não encontramos o projétil, nem na parte da face do pescoço e nem no tórax”.

Na ocasião, também segundo Martines, o paciente estava com dois orifícios, um na face e outro no tórax. Por outro lado, estava estável, mas muito grave e teve que fazer transfusão de três bolsas de sangue.

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