12 de fevereiro | 2017

Matador admite que tios eram “melhores vivos do que mortos”

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Em depoimento de cerca de cinco horas de duração prestado na delegacia de polícia de Olímpia, ao delegado Marcelo Pupo de Paula e ao escrivão Adilson Galina, Milton Ittavo Neto (foto), de 36 anos, confessou ter matado os tios para roubar. No entanto, admitiu que eles eram “melhores vivos do que mortos”, para ele e seu filho de 14 anos, que também está envolvido no crime.

No depoimento, Milton Neto declarou que os tios foram sempre bons para ele e seu filho, sempre acolhendo e ajudando financeiramente. No entanto, mesmo assim, confessou que foi na casa deles com o objetivo de roubá-los e acabou matando os dois idosos com golpes de faca.

Sobre o porquê matou, disse que não sabe explicar, contando que deu um branco e passou a desferir os golpes de faca e que, agora, está arrependido. Contou que decidiu roubar os tios porque estava desesperado, precisando de dinheiro para pagar um traficante, para o qual seu filho devia cerca de R$ 250 de maconha e também não tinha dinheiro para pagar outras contas, como energia, aluguel, entre outras.

Contou Milton Neto que depois de matar os tios roubou cerca de R$ 15 mil que estavam na gaveta de uma cômoda e mais certa quantidade de joias, que vendeu por R$ 2 mil, na cidade de Milagres. Do total do dinheiro do latrocínio, admitiu que já havia gasto perto de R$ 11 mil. Os R$ 6 mil que restaram não foram encontrados pela polícia em seus pertences, depois que foi preso pela polícia baiana.

MAU EXEMPLO
No depoimento prestado, Milton Neto também admitiu que foi um mau exemplo para seu filho. Contou que desde que passou a conviver com o garoto foi uma má influência que acabou com a participação dele no duplo latrocínio. No entanto, afirmou que seu filho não teve nenhuma participação na execução do crime.

Quanto à fuga para a Bahia, Milton contou que iria para Feira de Santana. No entanto, resolveu parar em Milagres, onde ele conhecia uma mãe de Santo, que já havia feito trabalhos para ele, em contatos por cartas. Ele contou que sua religião é Satanismo (culto a Satanás).

Milton tem 36 anos de idade e já cumpriu 12 anos de penas por condenações por práticas de roubos. Ele ganhou liberdade há cerca de um ano quando passou a morar da casa de seu pai, juntamente com o filho. Há cerca de quatro meses alugou uma casa na rua Américo Sampaio, onde morava juntamente com o garoto. A mãe do menino reside em São José do Rio Preto.

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