04 de outubro | 2020

Marcada a reconstituição da morte de motorista em caçada de javalis

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CAÇADA EM GUARACI!
Policial civil de Guaraci participava da caçada
junto com outros caçadores.
A determinação foi da Corregedoria
Auxiliar de Ribeirão Preto.

Por determinação da Corregedoria Auxiliar da Polícia Civil de Ribeirão Preto, foi marcada para a segunda-feira, 05, a recons­tituição do crime que resultou na morte do motorista Édson Silva de Lima Filho, de 37 anos, que residia em Guaraci, na madrugada de 11 de outubro de 2019, durante uma caçada de javalis nas proximidades do Rio Grande. O caso envolveu o policial civil de Guaraci, Luiz Carlos de Araújo, mais conhecido como “investigador Charles”.

O disparo aconteceu na madrugada, quando o motorista estava em uma caminhonete GM/Chevrolet, D 20, ano 90, placa BKA 9847 de Olímpia, de propriedade do técnico em eletrônica, Dorcílio Miranda da Rocha Júnior, de 38 anos, morador no jardim Leonor, em Olímpia, que também estava no local, juntamente com seu filho, um adolescente de 16 anos, que em julho deste ano também morreu em decorrência de um disparo acidental de carabina durante uma caçada de javalis.
Ainda estavam na caminhonete o policial civil “investigador Charles”, morador em Guaraci e o vendedor Diego Godoi Lourenço de Souza, de 30 anos, residente no Harmonia, em Olímpia. A arma, uma carabina marca Rossi, calibre 38, que disparou está registrada em nome de Décio Machado da Silveira e naquela madrugada estava sendo utilizada pelo policial civil.

TODOS POSSUIAM

AUTORIZAÇÃO

De acordo com o que consta no registro policial feito na delegacia de polícia de Olímpia, Diego, Dorcílio e o investigador Charles possuem o certificado de registro emitido pelo Exército na condição de caçador, colecionador e atirador desportivo. Já o adolescente de 16 anos possuía o certificado de regularidade emitido pelo IBAMA, assim como a vítima fatal Édson.

Contaram na polícia, os caçadores, que a caminhonete era conduzida por Diego, tendo como passageiro no banco da frente o adolescente.

Nos bancos instalados em dupla na carroceria, estavam Dorcílio, o investigador Charles e Édson. Em dado momento Charles passou para o banco da frente. Édson estava atrás segurando um silibim com a mão direita, clareando no sentido do rio.

Consta que Édson teria puxado a carabina pelo cano, tendo ela disparado e atingido a sua barriga. Ele foi socorrido e levado para o pronto socorro de Guaraci, no entanto, não resistiu e faleceu. O Instituto de Criminalística de Barretos realizou perícia no veículo, na carabina, bem como colheu material residuográfico das mãos dos caçadores e da vítima. No entanto, segundo o advogado Léo Cristian Alves Bom, contratado pelo policial civil, não constou resíduos de pólvora nas mãos de nenhum dos envolvidos. Na delegacia de polícia de Guaraci foi instaurado inquérito policial para apurar eventuais responsabilidades no caso.

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