19 de julho | 2009

Maioria é contra continuidade do corte de água pelo DAEMO

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 Uma enquête realizada pela reportagem desta Folha mostra que a maioria é contra a continuidade do corte de abastecimento de água, adotado pelo diretor do Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia (DAEMO), administrador de empresas, Valter José Trindade, cobrando, além das contas vencidas no mês, também as atrasadas que foram acumulando durante vários anos, em alguns casos.

Das 11 pessoas en­trevistadas, sete de­las se posicio­na­ram contra a continuidade da situação que tem gerado grande polêmica. Apenas três afirmaram ser favoráveis à continuidade. Enquanto isso, apenas uma entrevistada não definiu se é a favor ou contra a medida adotada, até entendendo a situação da autarquia, mas se preocupando também com a situação das pessoas.

Esse é o caso da desempregada Juliana Cristina de Almeida: “Por um ponto sim e por outro não. Pelo ponto financeiro eu acredito que sim, porque o DAEMO não funcionaria. E por outro não, porque não se sabe a situação da pessoa. Eles deveriam enviar um aviso melhor, porque veio um papel e depois já cortou”.

Já o pintor Ademir Alves de Toledo é totalmente contra a medida. “Acho que isso é uma injustiça porque há alguns que estão pagando água de antigos moradores da casa. Você muda na casa e tem que pagar a água atrasada dos outros. Está ficando uma confusão”.

Ele relata que teve que transferir a casa para seu nome e constava uma conta atrasada há vários anos: “de um passou para outro e se não acertasse não tinha como passar para o meu nome. Tive que pagar quase R$ 700. Não acho justo porque se fosse eu eles cobrariam de mim, então porque que já não cobraram do outro”. Ele é um dos consumidores que fizeram acordo com a autarquia.

O ajudante de serviços gerais, Fabiano Rodrigo de Castro, também é contra a medida: “porque tem muita gente que tem crianças pequenas e não pode ficar sem água e tem muita gente que não tem condições de pagar. Acho que não é certo”.

O motorista Luiz Antonio Tei­xeira (foto) também não acha correto: porque tem muita gente que não tem condições de pagar. E como a pessoa vai viver sem água na casa dele? Eu acho que isso deveria ter um parcelamento mais suave. Acho que eles deveriam ter um acordo melhor e tirar um pouco das taxas, pois têm algumas que são muito caras”.

PESSOAS PRECISAM DE ÁGUA
A dona de casa Tereza Benedita Marangoni Rizzo, também não acha correto cortar o fornecimento da água: “porque as pessoas são pobres, trabalhadoras e precisam da água”. Mas a secretária do lar, embora até ache ilegal, acha a medida correta: “se a pessoa usou a água, acho que ela tem que pagar, desde que não seja um absurdo, porque eles (DAEMO) têm despesas, eles tratam a água”.

A dona de casa Publia do Carmo dos Santos, também acha correto: “não sei porque os tribunais decidiram que é ilegal, porque a partir do momento que a gente está usando a água tem que pagar. A água é tratada e tem custo.

Para a balconista Janete Aparecida Silveira os cortes têm que continuar: “sou a favor porque acho que você tem que pagar as contas em dia do que você gastou. É o básico e acho que tem que fazer o corte tudo certinho”.

A dona de casa Edna Barbosa de Jesus é contra os cortes de fornecimento: “acho que deveriam entrar em um acordo para ver como as pessoas poderiam pagar”. O soldador Washington Jac de Oliveira também é contrário: acho que tem um meio melhor de se entender, que é chamando a uma negociação e ver o lado pessoal porque se está devendo, alguma coisa dentro de errado na casa tem”.

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