12 de julho | 2017
Laraia confirma que contratou “cobradores”, mostra vários documentos e lamenta tiroteio
DA REDAÇÃO
COM DIÁRIO DE OLÍMPIA
O advogado Antonio Luiz Pimenta Laraia confirmou ao jornalista Leonardo Concon, do Diário de Olímpia, em entrevista na noite da terça-feira, 11, que é o contratante dos cobradores que vieram à Olímpia, na manhã do mesmo dia, e que se envolveram em confronto com tiros, inclusive disparados em plena Rua Senador Virgílio Alves, atrás do Posto Cergal, na residência de Eurípedes Augusto Mello, 58, o Euripinho.
Foi uma cobrança de honorários, segundo ele, no valor de R$ 317.797,08. No parágrafo segundo do contrato com os cobradores, a cobrança deveria ser, sempre, pelo menos da parte deles, de forma “pacífica e idônea”.
“Eles são especializados em cobranças extrajudiciais, são conhecidos pela sociedade de Rio Preto, não são marginais e nem capangas. Todos me conhecem, e nem teria sentido ordenar disparos no meio da rua, o contrato com eles reza cobrança sempre pacífica, amigável, que é o normal entre pessoas civilizadas. Euripinho me deve, os documentos estão aí, ninguém está cobrando dobrado, são ações em que o defendi e quero os meus honorários, inclusive vou colocar o cheque que ele me deu em garantia, em cobrança judicial”, disse o advogado.
Segundo o advogado, em linhas gerais, Eurípedes mantinha com ele contrato de prestação de serviços. Primeiramente, com pagamento mensal de quatro salários mínimos e a condição de, nas demandas, o advogado cobrar metade dos honorários como determina a tabela da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Depois, Euripinho não concordou e disse que pagaria R$ 2 mil mensais, daí o advogado cobraria honorário ‘cheio’, não mais com descontos, o que foi feito.
Quanto ao cheque de R$ 350 mil, que acreditava-se que o cobrador estaria exigindo um pagamento em duplicidade, o advogado Laraia esclarece: “Em um determinado momento, Euripinho precisou de R$ 350 mil e a minha esposa Cláudia, que tinha uma reserva, lhe emprestou. Em garantia, deu um cheque (veja abaixo). Endossado pela irmã Aparecida Augusta Mello. Euripinho pagou normalmente, sem reclamar, mas deixou o cheque em garantia porque havia outras demandas em que eu o defenderia (veja abaixo também)”.
Ocorre que, segundo o advogado, as dívidas de honorários foram se acumulando e Euripinho, segundo ele, “até evitava atender os meus telefonemas. Cheguei a enviar uma notificação, que foi recebida (ele mostrou o comprovante AR dos Correios ao jornalista) e, posteriormente, sem resposta e sem pagamento, enviei um ofício de renúncia de ser seu advogado, já que não recebia honorários, o que também foi recebido por AR dos Correios pela família, assinado também pela irmã Aparecida Augusta Mello.”
E concluiu Laraia: “Eu não tenho nada a esconder, só lamento pelo ocorrido, os dois profissionais por mim contratados há cerca de 20 dias, para essa cobrança extrajudicial, são pessoas honestas, bem conhecidas pela sociedade rio-pretense, lamentável que ocorreu esse tiroteio e que um deles esteja à beira da morte, inclusive”.
Na entrevista ele mostrou os documentos e disse que os apresentará, oportunamente, ao delegado que cuida do caso, em Olímpia.
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