18 de maio | 2008

Justiça falha ao selecionar quem merece saída temporária

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 Acostumado com situações de extrema violência até mesmo porque há vários anos acompanha de perto o noticiário policial, o radialista Valter Carucce (foto), entende que há falhas do Poder Judiciário no momento de selecionar quem merece ou não obter o benefício e passar alguns dias com os familiares em datas especiais.

Porém, aponta que há o lado positivo "porque o objetivo da prisão seria recuperar o infrator, até se chama reeducando, mas acho que deveria ter uma triagem melhor para definir quem merece ter a oportunidade de voltar a morar com a família e conviver em sociedade". Caruce entende que há crimes que são praticados, como estupro, crimes violentos com requinte de crueldade que exigem melhor estudo.

No entendimento dele, no caso do crime da morte do casal de Olímpia, a saída temporária foi uma chance que, eventualmente, se ficar provado que foi ele quem cometeu – por enquanto é acusado – "aproveitou esse indulto do Dia das Mães, que seria para conviver com a sua mãe e sua família, para praticar um crime bárbaro".

Porém, é contrário a promover a justiça com as próprias mãos, como até chegou a ser comentado por um dos irmãos de uma das vítimas "porque violência só gera violência, há revolta devido ao bárbaro crime cometido, mas nada justifica isso".

O requinte de crueldade utilizado pelo acusado do crime, para Caruce, está ligado à vontade de se vingar de alguém. "Pela experiência que a gente tem nos meios policiais, toda vez que acontece um crime com esse requinte de crueldade, é motivado pela vingança", observou.

Por outro lado, assevera também que por princípio é contra a instituição da pena de morte, mesmo que para casos como o registrado em Olímpia, há pouco mais de uma semana. "Porque sempre existe a possibilidade do erro e se é aplicada a pena de morte não há como corrigir um eventual erro depois que condenado for executado", justifica.

Caruce avalia que o crime foi um dos mais violentos e cruéis, mas conta que houve outros com requinte de crueldade, como no caso de uma moça que foi morta no Jardim Tênis Clube, algum tempo atrás, ainda sem solução.

Mas, também sem solução, teve também Mário Donaire que foi de maneira violenta, assassinado com facas cravadas no pescoço entre outras coisas. "São dois crimes que não se tem autoria", comentou.

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