15 de janeiro | 2018

Internauta tem um milhão de visualizações com vídeo no Face tentando alertar turistas para uma epidemia inexistente em Olímpia

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Um vídeo postado por um internauta na página de relacionamentos “Facebook”, que diz se chamar Fausto Moretti, tentando alertar quem estivesse de viagem marcada para Olímpia, sobre uma possível epidemia de conjuntivite na cidade, acabou tento quase um milhão de visualizações e cinco mil comparti­lha­mentos antes de ser retirado do site.

Segundo o editor desta Folha, jornalista José Antônio Arantes, declarou em seu programa na rádio Cidade, 98,7 Mhz, de sexta-feira desta semana, dia 12, o rapaz pode até ter contraído a doença, que é própria do verão, em Olímpia neste início de ano, mas daí a se registrar uma epidemia da doença vai muito longe.

“Se o internauta quis obter notoriedade, os chamados likes, na internet, acabou conseguindo, mas também conseguiu comprovar que o Thermas dos Laranjais realmente tem renome nacional e que realmente será o destino de mais de dois milhões de turistas em 2018”, destaca.

O jornalista argumenta ainda que esta infecção das conjuntivas, as partes brancas do globo ocular, é uma doença oportunista e que na maioria absoluta dos casos tem sua transmissão por contato com a secreção gerada pela infecção e que se dá, geralmente, por maus hábitos de higiene das pessoas.

“No caso, não dá para afirmar que o próprio internauta não tenha trazido o vírus, a bactéria ou tenha contraído uma alergia na própria cidade, que são as três formas de manifestação da doença. E, claro, mesmo que tenha contraído aqui em Olímpia, no parque, ou em qualquer lugar que tenha tido contato com a secreção (pus) de alguém contaminado, pode ter também transmitido para seus companheiros de viagem”, explicou.

O jornalista adiantou também que, em contato com profissionais da área e, após pesquisa em sites que falam da doença na internet, acredita que não tem como o turista ter contraído a conjuntivite usando as 55 atrações do parque ou mesmo através do ar, hipóteses que não estão entre as mais comuns para este tipo de doença (veja matéria completa sobre a doença em outra página).

Conjuntivite doença que dura de uma a duas semanas

A conjuntivite é uma doença ocular que causa inflamação da conjuntiva e na esclera (parte branca do olho), uma membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e a parte interna das pálpebras. A inflamação pode afetar um ou os dois olhos, mas é comum que os dois olhos sejam afetados, por conta da proximidade um do outro.

De acordo com o site https:/minuto­sau­davel.com.br/conjun­tivite-viral-alergica-e-bacteriana-sintomas-e-colirios/, costuma durar entre 1 e 2 semanas, geralmente não causa sequelas e é bem frequente no verão. A conjuntivite pode ser caracterizada como aguda ou crônica.

Existem seis tipos de conjuntivite mais conhecidas, mas as principais são: alérgica, viral e bacteriana. No entanto, é sabido que a mais comum das conjuntivites é a viral, seguida da bacteriana. Ambas são transmitidas facilmente entre as pessoas. A terceira mais comum é a conjuntivite alérgica, mas, diferente das outras, não é transmissível de pessoa para pessoa.

A conjuntivite alérgica acontece quando os olhos entram em contato com alguma substância que irrita os olhos. As substâncias que mais causam a reação alérgica aos olhos são: pó, pólen, mofo, pelos de animal, entre outros. Na maioria das vezes, além da conjuntivite alérgica, espirros e coriza também estão presentes, esses últimos causadores de muita coceira.

A forma viral é a mais comum de conjuntivite e, geralmente, esse tipo é causado por um vírus conhecido como adenovírus. Sintomas de virose pode ser comum ao ser contaminado, como febre e sintomas parecidos com os de resfriado. Esse é o tipo de conjuntivite mais transmissível e as pessoas podem se infectar por meio de secreções oculares. Se o paciente encostar nos olhos e logo após tocar em algum objeto e outra pessoa também utilizar o mesmo objeto, ela pode ser infectada.

Mas é importante deixar claro que a doença não é transmitida pelo ar. Não tocar nas mesmas coisas que alguém com a doença já é o bastante para não ser contaminado. Se o paciente estiver com sintomas respiratórios, como tosse e espirro, aí sim o vírus pode ser transmitido.

Esse tipo de conjuntivite começa em um olho e, de 1 a 2 dias, já é transmitida para o outro olho. A doença é curada sozinha, entre 7 a 10 dias o problema é resolvido, sem a necessidade de tratamento. Mas, muitas vezes, o médico pode recomendar colírio para causar menos desconforto. O contágio pode ser feito durante todo o tempo em que o olho estiver vermelho.

A conjuntivite bacteriana é bem menos comum do que a viral. Há apenas cinco tipos de bactérias que podem acometer aos olhos, e elas são conhecidas como: Streptococcus pneumoniae; Staphylococcus aureus; Moraxella catarrhalis; Pseudomonas aeruginosa; Haemophilus influenzae.

A transmissão se dá através do contato entre secreções, sendo que uma delas precisa estar contaminada. Na conjuntivite bacteriana é necessário o contato pessoal para que a transmissão seja feita.

 

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