21 de agosto | 2013

Integrantes da Máfia do Asfalto vão ter de pagar fianças até 6.ª feira ou voltam para a cadeia

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Os 12 integrantes da chamada Máfia do Asfalto têm até sexta-feira, dia 23, para pagar a fiança que totaliza o valor de R$ 1,8 milhão, que fixada pela Justiça Federal, para que possam responder aos devidos processos em liberdade. Caso contrário, a juíza substituta da 1ª Vara Federal de Jales, Andreia Fernandes Ono, já determinou a expedição imediata dos respectivos mandados de prisão para os acusados que deixarem de efetuar o recolhimento do valor. Os olimpienses Jair Emerson Silva, o Jairzão e Humberto Tonani Neto terão que pagar R$ 60 mil cada se quiserem responder aos processos em liberdade.

A juíza não acatou os pedidos apresentados pelos irmãos Scamatti e funcionários para reduzir, suspender ou prorrogar o pagamento da fiança. Andreia aceitou apenas conceder mais dois dias, a partir de quarta-feira, dia 21, para o pagamento das fianças.

Inicialmente a juíza deu dez dias, mas por conta das defesas dos acusados terem apresentado uma série de recursos, o prazo não foi cumprido.

Os irmãos Dorival, Edson, Mauro e Pedro, Maria Augusta Seller Scamatti, e Luiz Carlos Seller devem depositar R$ 240 mil cada para continuar em liberdade.

Olívio Scamatti, apontado como chefe do esquema de fraude em licitações em 78 prefeituras do noroeste paulista, segue preso no CDP (Centro de Detenção Provisória), de Rio Preto, desde o dia 18 de abril, a pedido do Minis-tério Público Federal (MPF).

A Justiça Federal fixou para os funcionários Valdovir Gonçalves, Jair Emerson Silva, Humberto Tonnani Neto e Ilso Donizete Dominical, Gilberto da Silva e Osvaldo Ferreira Filho, fiança no valor de R$ 60 mil cada. Todos, que apresentaram suas declarações de imposto de renda, alegaram não ter condições para quitar o débito com a Justiça. No entanto, a juíza não acatou os argumentos apresentados.

Os quatro irmãos Scamatti ofereceram à Justiça Federal uma fazenda que teria valor necessário para garantir a sua liberdade. Eles argumentaram que após a operação realizada pelo MPF, Polícia Federal (PF) e GAECO (Grupo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) “sofreram um profundo abalo financeiro em suas atividades empresariais”, o que não convenceu a Justiça.

A fixação do valor da fiança teve como base o montante apurado na investigação do suposto esquema de fraude de processos licitatórios nos municípios. A estimativa é de que as irregularidades somem aproximadamente R$ 1 bilhão.

Até o momento, o MPF ingressou com oito ações penais, e o Ministério Público Estadual (MPE) outras três ações por prática de ato de improbidade contra os integrantes da máfia na região de Rio Preto.

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