13 de janeiro | 2019

Imagens levam polícia a considerar que a morte de casal no Resort foi acidental

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As imagens do sistema de monitoramento do resort levaram a polícia civil a considerar a possibilidade de acidente como causa da morte do casal no interior de um dos apartamentos do resort em Olímpia. As informações são do delegado Ricardo Afonso Rodrigues, que está presidindo o inquérito policial que apura o caso.

De acordo com o delegado, as imagens são da parte externa (não existem câmeras no interior do apartamento) e mostram o casal chegando ao resort na madrugada caminhando de maneira bastante tranquila, não aparentando qualquer discussão entre os dois.

Também de acordo com as imagens, Édson foi buscar o botijão às 6h40 de domingo e o levou para o quarto. Também nessas imagens ele (Édson) aparece caminhando com muita tranquilidade.

Com isso, o delegado Afonso Rodrigues, considera também a possibilidade da morte do casal ter acontecido por acidente. Ele comentou que o rapaz poderia estar fazendo uso do gás (por  estar dependente) e por algum motivo deve ter inalado muito gás que acabou provocando a sua morte. Sendo assim, o gás continuou vazando e também acabou provocando a morte de Rubia, que estava dormindo ao seu lado. O gás não chegou até o quarto, que estava trancado, onde dormia a testemunha Eliezer.

Segundo a polícia os três estavam hospedados em flat do resort de aproximadamente 50 metros quadrados. Na entrada existe um pequeno hall, conjugado com uma cozinha e uma sala. O casal dormia em um sofá cama na sala e a testemunha Eliezer estava no quarto trancado.

De acordo com o delegado, preliminarmente, o IML – Instituto Médico Legal, já adiantou que a causa morte do casal foi por inalação do gás. No entanto, a conclusão do laudo somente acontecerá em 30 dias, quando será concluído também  o inquérito policial.

Sobre a definição da forma da morte do casal, se foi homicídio seguido de suicídio ou acidente, o delegado declarou que isso apenas será possível se surgir alguma outra prova, tendo citado, como exemplo, o aparecimento de alguma carta de Édson, relatando o acontecido. Caso contrário, as duas possibilidades deverão continuar a ser consideradas.

O FATO

Como se recorda, Edson Fernandes Lopes, de 24 anos, e a namorada dele, Rubia Alves de Oliveira, de 22 anos, moravam em Guarulhos (SP) e estavam prestando serviço tercei­rizado em uma pista de patinação que funcionava no Olímpia Park Resort e foram encontrados mortos por volta das 14 horas do domingo, dia 6, no interior do Olímpia Park Resort.

Segundo as informações iniciais passadas pela testemunha que residia no mesmo apartamento e trabalhava também na pista de patinação junto com o casal, eles passaram a noite bebendo e de manhã tiveram uma pequena discussão.

Edson foi achado com o botijão de gás freon, usado em sistemas de refrigeração, ao lado da cama – a mangueira acoplada no equipamento estava próximo à boca dele. O corpo de Rubia foi encontrado sem sinais de lesões de defesa.

Um colega do casal prestou depoimento como testemunha e foi quem encontrou as vítimas mortas. De acordo com a polícia, ele disse que já tinha visto Edson brincando de inalar o gás encontrado ao lado dos corpos.

“Esse gás era próprio do trabalho dele, ele havia feito um curso específico sobre refrigeração e sabia do risco da inalação do gás. Anteriormente ele já havia até inalado o gás na presença de outras pessoas”, afirmou o delegado Ricardo Afonso Rodrigues.

 

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