31 de janeiro | 2010

Hernandes assumiu em Rio Preto defendendo aplicação de multas

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O secretário municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Amaury Hernandes, responsável também pelos assuntos do trânsito, assumiu a Secretaria de Trânsito da cidade de São José do Rio Preto, em março de 2007, reclamando do orçamento da pasta e, ao mesmo tempo, defendendo a aplicação de multas até pela Guarda Municipal, mesmo que sendo contestada e praticamente condenada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que considerou inconstitucionais as ações da instituição no trânsito.

De acordo com o jornal Diário da Região, na ocasião, Hernandes reclamava do orçamento da pasta dizendo que os R$ 8 milhões, ou seja, R$ 750 mil por mês, previstos para serem gastos pela secretaria, eram insuficientes. “É uma verba bem restrita. Vou fazer o necessário. Só não farei mais porque faltará recurso”, disse na oportunidade.

De acordo com o jornal a maior parte da verba que entrava na Secretaria de Trânsito era proveniente da arrecadação de multas. Por isso, os radares fixos, semafóricos e móveis instalados por toda a cidade e a Guarda Municipal eram considerados “peças chaves” na estrutura da pasta.

Só para a instalação de novos pontos de radares e a conservação dos que existiam naquela cidade à época, Hernandes iria desembolsar dos cofres da secretaria R$ 4,2 milhões, mais de 50% do orçamento previsto. “Pagando a Empresa Municipal de Processamento de Dados (Empro) – responsável por processar e emitir as multas –, a Guarda Municipal e a empresa que administra os radares não sobra verba”, justificava.

Para o então secretário rio-pre­ten­se, a aplicação de multas, fosse por guardas municipais ou por radares, era normal. “Se existe uma legislação ela deve ser cumprida. Se todo mundo dirigisse na velocidade correta não haveria nenhuma autuação”, afirmou Her­nan­des, que até admitia a impopularidade da Guarda. 

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